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Acusações de ministro são 'destempero verbal', diz Marinho
Da Agência Brasil
15/07/2003 | 17:50
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O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luís Marinho, qualificou como "destempero verbal" as acusações feitas na segunda-feira pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Fausto, de estelionato eleitoral que teria sido praticado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, com a proposta de reforma da Previdência, encaminhado ao Congresso Nacional.

Segundo Marinho, com a permanência da integralidade dos benefícios para os servidores públicos, os que mais ganharão serão os servidores que têm altos salários. "Especialmente os magistrados que são os que menos podem chorar. Dificilmente você vê um magistrado se aposentar antes da compulsória", acrescentou o presidente da CUT.

Para beneficiar os servidores públicos de salários mais baixos, Marinho defende o fim da aplicação do redutor de 5% por ano para os que desejam antecipar a aposentadoria e que ganham até o teto que for estabelecido pela proposta.

Reunião - Sem qualquer consenso, a reunião entre o relator da reforma da Previdência, José Pimentel (PT-CE), e sindicalistas foi transferida para esta quarta-feira, às 10 horas. O parlamentar foi obrigado a deixar a reunião, no Espaço Cultural da Câmara, para ir a outra, com governadores, que acontece na Casa Civil da Presidência da República.

Luís Marinho, defendeu que fosse transferida para a próxima semana a leitura do relatório do deputado José Pimentel, para que se pudesse continuar as negociações com sindicalistas, especialmente os servidores públicos.

O vice-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), afirmou que não existe possibilidade de se transferir a apresentação do relatório da reforma da Previdência. Os sindicatos representantes dos servidores públicos mostraram-se insatisfeitos com a proposta do relator. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), filiada à CUT, propôs, inclusive, a rejeição da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência.

Ainda nesta terça, os líderes da base reúnem-se com a bancada do PCdoB e fazem uma avaliação da reunião com os governadores na residência do líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Na quarta-feira, às 8 horas, participam de café a manhã na residência do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP) e, às 10 horas, voltam a se reunir com os sindicalistas, na Câmara dos Deputados. Depois desta reunião, ainda haverá um encontro com a bancada do PT, para amarrar os pontos finais da proposta de reforma previdenciária, disse professor Luizinho.




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