Um dos grandes feitos dos holandeses é justamente o incentivo à arte, que teve seu apogeu entre os séculos XV e XVII. Atualmente, o país possui um dos maiores acervos da Europa, com museus e galerias espalhados por todas as cidades, especialmente Amsterdã, a capital.

Com a tomada da Antuérpia pelos espanhóis em 1585, a população fugiu em massa para o pequeno porto de Amsterdã. Esta mudança acabou por beneficiar a cidade, que rapidamente se desenvolveu e tornou-se a mais importante dos Países Baixos.

A entrada de divisas nesta época, mais conhecida como a Idade do Ouro, favoreceu e incentivou a cultura e as artes. A tolerância política em relação à religião atraiu uma multidão de diferentes credos, entre artistas, escritores, pintores, filósofos e cientistas.

Atualmente, a cidade reúne passado, presente e futuro com um charme todo especial. Amsterdã é cercada por anéis de canais de água, a maioria construída nos séculos XV e XVII, seguindo o padrão das antigas muralhas e fossos de drenagem.

Um dos principais símbolos da cidade são as tulipas, que crescem em todo território, principalmente nos meses de abril e maio. O país responde por cerca de 60% da produção mundial dessas flores para decoração e atrai milhares de visitantes aos campos, que parecem formar um arco-íris natural com a variedade de cores das flores.

Os principais pontos turísticos da capital holandesa ficam no Centro. Com o mapa na mão, o melhor é circular a pé pela cidade ou pegar um bonde. Vale a pena iniciar pela Praça Dam, marco da fundação. De lá, siga para o Museu de História de Amsterdã, localizado num antigo orfanato. Ali o visitante poderá conhecer a história ilustrada da cidade, desde a pequena vila medieval até a moderna cidade atual.

Outra boa opção é a Golden Bocht (Curva Dourada), uma das regiões mais famosas do século XVII e que permanece como um dos pontos mais badalados da cidade. Ali estão as mais belas residências, todas extremamente espaçosas e de arquitetura imponente.

O bairro judeu, uma relíquia do século XV, também merece uma visita. Uma das mais antigas sinagogas, a israelita portuguesa, fundada por imigrantes que fugiram de Portugal durante a Inquisição, foi construída em 1671. O interior destaca-se pela sobriedade e permanece inalterado. Nos dias de cultos, as velas queimam em dois candelabros enormes para iluminar o ambiente.

Na casa de Rembrandt, adquirida pelo artista durante seu apogeu, o turista encontra algumas obras e esboços do pintor, dando a sensação de que ele permanece lá, na pequena sala, à espera de um comprador.