O diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Haroldo Lima, disse ontem que o governo definirá em uma ou duas semanas se vai reduzir o percentual de álcool misturado na gasolina, hoje de 25%, para outro percentual que será, no mínimo, de 20%. Segundo Lima, a agência iniciará em breve campanha nos sete Estados nos quais o álcool está com preço acima da gasolina, para que os consumidores prefiram o combustível derivado do petróleo, enquanto o consumo do derivado da cana-de-açúcar prosseguir com custo mais elevado.

Segundo ele, estudos realizados anteriormente no País mostram que a formação de estoques reguladores de álcool, por exemplo, teria custo muito elevado. Lima disse que os produtores de álcool apontam o prejuízo sofrido com o excesso de chuvas para justificar a elevação de preços e afirmam que "em pouco tempo" o preço do produto deve recuar.

O presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, foi até Brasília ontem tentar convencer o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a não reduzir os 25% de álcool anidro à gasolina.