Que o Tio Patinhas é superempresário e tem muita grana todo mundo sabe, mas poucos lembram como começou sua fortuna. Jovenzinho, o personagem vendia limonada pelas ruas. A primeira moedinha que ganhou com a atividade foi transformada em amuleto da sorte. Na vida real, tem gente que também decidiu colocar a mão na massa ainda na infância com objetivo de conseguir dindim para comprar algo que tanto queria.
Há dois anos, Giovanna Luna Conte, 11 anos, de Santo André, ficou com vontade de ter um videogame novo. Assim, surgiu a ideia de aprender a pintar toalhinhas e fazer bijuterias para vendê-las. Deu certo! A menina conseguiu o brinquedo. Agora, quer juntar dinheiro para pagar uma viagem à França. "Faço isso para realizar os meus sonhos."
Vira e mexe, o criativo Pedro Henrique Arnoni, 10, de Santo André, inventa algo novo para ganhar um trocadinho. Vende chocolate, bala e chiclete para a família. Antes disso, juntou latinhas e criou peça de teatro de bonecos em casa para amigos e parentes, com ingresso a R$ 1. "Às vezes, tinha gente que não queria pagar. Daí, fazia de graça." De olho no futuro, o menino guarda uma cédula de R$ 1 (que não é mais fabricada), pois acredita que poderá fazer bom negócio com colecionadores mais tarde.
No início do ano, Bryan Lucas Oliveira, 10, de Santo André, usou o dinheiro que recebeu de ‘Bom Princípio' para comprar peças para fabricar bijus. "A ideia é da minha cabeça." Hoje, vende pulseiras, brincos e colares na vizinhança e até na lojinha do bairro. Com a grana, comprou todo material escolar e emprestou um pouco para a mãe e a avó. Agora, está em dúvida se, quando crescer, vai ter loja de bijus ou restaurante. Enquanto isso, treina bastante e já faz bolos (inclusive o do seu aniversário) e doces. Sua especialidade é cocada! Bryan diz que sabe bem como convencer a cliente: "Digo que, dependendo de como está vestida, o colar vai valorizar a roupa."
Apesar de criativo e trabalhador, Tio Patinhas se transformou em um grande pão-duro que só pensa em ganhar grana e guardá-la no seu cofre gigantesco. Pensar do mesmo modo não é legal na infância nem em outra fase da vida. A gente precisa de dinheiro para pagar contas e comprar comida, roupas, brinquedos, mas isso não é a coisa mais importante do mundo.
Grandes empresários tiveram atitudes empreendedoras na infância e adolescência. É o caso do brasileiro Alexandre Accioly, 50 anos. Aos 8, teve a ideia de comprar algumas caixas de engraxar sapato com a mesada que ganhava da avó. Enquanto amigos trabalhavam para ele, fiscalizava tudo indo de um lugar para o outro de bicicleta. O dinheiro ganho era dividido pela metade entre Alexandre e cada menino do grupo. Este foi o primeiro negócio que ele criou. Hoje, participa de 18 empresas.
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