A diretoria da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) tem até as 19 horas desta quinta-feira para entregar ao MPF (Ministério Público Federal) cópias de documentos relacionados a um possível esquema de corrupção na entidade. Segundo a assessoria do MPF, até as 16 horas, os documentos não tinham sido entregues.

Os procuradores Bruno Caiado de Acioli e Adriana Brockes, responsáveis pela investigação, querem comprovantes da evolução patrimonial dos acusados de envolvimento no suposto esquema de corrupção nos últimos cinco anos. Eles exigem ainda cópias do controle da entrada e saída de pessoas no edifício-sede dos Correios entre março e maio deste ano, além de detalhes sobre os editais de licitação publicados em 2004 e 2005.

Acioli e Brockers pediram também a quebra do sigilo bancário dos acusados da fraude – Fernando Godoy, Maurício Marinho e Antônio Osório Batista. A Receita Federal deverá entregar esses comprovantes na próxima semana.

A assessoria de imprensa dos Correios informou que o órgão apresentará toda a documentação no prazo determinado, já que a entidade quer a solução do caso, o mais rápido possível.

De acordo com as denúncias, Fernando Godoy, Maurício Marinho e Antônio Osório Batista fariam parte de um esquema de corrupção na estatal. Os três são ex-funcionários dos Correios indicados pelo presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ).