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‘Tragédia em Madri não foi maior porque muitas bombas falharam’, diz relatório
Do Diário OnLine
Com AFP
15/03/2004 | 18:01
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O serviço secreto espanhol revelou nesta segunda-feira que o número de vítimas nos atentados da última quinta-feira só não foi maior porque muitas bombas falharam durante os ataques. De acordo com um relatório feito pela investigação, pelo menos 11 vagões da estação de Atocha continham explosivos que falharam. No fim de semana, três marroquinos foram detidos por serem suspeitos de ter ligações com a rede terrorista Al Qaeda.

Ainda nesta segunda-feira, a rádio Cadena SER e o jornal El País informaram que um dos três marroquinos detidos como parte da investigação sobre os atentados de Madri participou, ao que parece, diretamente dos ataques de quinta-feira contra quatro trens, que causaram 200 mortos.

Os médicos legistas também acreditam que um outro terrorista que participou do ato está entre os mortos. Vinte corpos ainda não foram identificados, informa El País.

Jamal Zugam, 30 anos, natural do Tanger, é considerado um dos dirigentes da Al Qaeda na Espanha, segundo os meios de comunicação que citam fontes antiterroristas. Ele teria comprado os cartões telefônicos usados para fazer as ligações aos telefones celulares que ativaram as bombas.

O nome de Zugam aparece duas vezes no processo aberto pelo juiz da Audiência Nacional Baltasar Garzón sobre os preparativos dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York, embora não tenha sido formalmente acusado. O marroquino também é citado numa investigação francesa por ter estado em contato, em Madri, com um suposto membro de uma rede afegã, segundo documento judicial consultado pela AFP nesta segunda-feira em Paris.

Jamal Zugam é um dos três marroquinos detidos sábado na capital espanhola junto com Mohamed Bekkali, um mecânico de 31 anos, e Mohamed Chaui, um operário, 35 anos.

Depois de comprovar seus vínculos com pessoas detidas no Marrocos e na Espanha, as forças de segurança espanholas consideram que os atentados de Madri foram praticados por membros do grupo islamita autor dos atentados de Casablanca (Marrocos) no dia 16 de maio de 2003, informa também El País.

O ministério espanhol do Interior, ouvido segunda-feira, não confirmou essas informações.




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