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Suplente do PPS de S.Bernardo evita polêmica do 'voto fantasma'
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
22/08/2009 | 08:25
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Claudinei Plaza/DGABC


Miranda da Fé, primeiro suplente de vereador do PPS de São Bernardo, não entrará com pedido de investigação acerca do caso do voto fantasma, cujo principal suspeito de ter cometido irregularidade é o parlamentar Marcelo Lima (PPS).

Durante apreciação de um projeto na quarta-feira, nove vereadores estavam no plenário, mas dez votos foram computados no painel eletrônico. Marcelo aparece em uma foto com o corpo inclinado abrindo a gaveta - onde ficam os botões de votação - do vereador Estevão Camolesi (PTdoB), que estava fora da Câmara. A oposição também afirma haver testemunhas que presenciaram o popular-socialista cometendo a infração.

Entretanto, Miranda, um dos principais interessados na resolução do episódio, evitou entrar na polêmica, apesar de classificar o ocorrido como "lamentável". "Tenho acompanhado o caso pelos jornais. Acredito que é a própria Casa que tem de tomar as medidas necessárias. Não sei o que aconteceu de fato, mas vou acompanhar os desdobramentos", observou.

Amigo de Marcelo Lima, Miranda frisou que a situação tem de ser conduzida com cautela e "de maneira séria". "Fiz parte do Legislativo são-bernardense por quatro anos (2005 a 2008). É uma instituição que formula e aprova leis para melhorar a vida de quase 1 milhão de pessoas. A Câmara tem uma mesa diretora que deve saber o que fazer. Não sou eu que vou julgar", discorreu o ex-parlamentar, eleito em 2004 pelo PTC.

Miranda da Fé não sustenta a expectativa de assumir a cadeira de Marcelo - se for aberta investigação e considerado culpado, o popular-socialista pode ser cassado. Mas a simples possibilidade de adquirir mandato gera incômodo na base aliada do prefeito Luiz Marinho (PT).

Isso porque, no fim do ano passado, o então vereador apoiou no segundo turno a candidatura de Orlando Morando (PSDB) ao Paço, enquanto o PPS aderiu à campanha petista, após o insucesso do candidato do partido, Alex Manente, na primeira parte da corrida eleitoral.

A situação, inclusive, gerou mal-estar na executiva municipal da legenda, que ameaçou expulsar o parlamentar. "Pode ter havido algumas divergências, mas foi tudo resolvido e continuo no partido, o qual só ajudei a crescer."

Nos bastidores comenta-se que Miranda teria laços políticos - ainda que de maneira acanhada - com o grupo do ex-prefeito William Dib (PSB - 2002 a 2008). Indagado sobre sua posição no momento, o suplente mais uma vez não entrou na polêmica. "Estou neutro. Espero que Marinho e a Câmara façam gestões para melhorar a vida da população."




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