Fazer intercâmbio é oportunidade bacana de conhecer novas culturas, treinar a língua e aprender a se virar sozinho. Foi em busca de aventura que o ex-colírio Caíque Nogueira, 17 anos, morou por três semanas na África do Sul. "As pessoas me perguntaram por que escolhi esse país. Eu queria mais do que um intercâmbio comum e me surpreendi com o que vivi."

Para Caíque, é preciso mudar a ideia de que na África só existe pobreza ou animais selvagens. "É tudo moderno. Claro que tem áreas para fazer safari e muita desigualdade social, mas não é como a gente imagina." Ele ficou admirado também com as belas paisagens e com a recepção alegre aos turistas. "Os africanos adoram os brasileiros. Era só a gente passar que chamavam."

O garoto ficou duas semanas aprendendo inglês em Cape Town e uma semana em Joanesburgo trabalhando como voluntário no Lion Park, recanto que cuida de leões e outros animais. "Fazíamos de tudo: desde limpar os recintos até cuidar dos filhotes. Eu me apeguei ao Chuddy, um bebê de leão albino. É brincalhão."

Em relação ao clima, Caíque ficou espantado como já fazia muito calor logo de manhã e também não se adaptou à comida local. "Eles colocam pimenta em tudo, mas fiz questão de experimentar os pratos tradicionais. Adorei as boerewors, tipo de linguiça que eles comiam de manhã, a tarde e a noite."

No fim das contas, o garoto adorou a primeira experiência de ficar mais tempo fora do Brasil e pretende repetir a dose. "É importante aprender a se virar sozinho. É bom para amadurecer. Gostaria de conhecer Londres, mas vai ser melhor quando ficar mais velho", diz Caíque, que está escalado para participar de um musical. "São atores bem legais e deve sair ainda neste ano, mas não posso dar mais detalhes. É surpresa."

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