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Castelos medievais atraem turistas no Reino Unido e Irlanda
Da AJB
26/02/2003 | 19:22
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Amparados em lendas e mistérios, os castelos e palácios da nobreza britânica oferecem aos turistas de passagem pelo Reino Unido e Irlanda uma imersão na atmosfera medieval, carregada de personagens que parecem ter saído das páginas de um romance épico forjado na pena de Bernard Cornwell, onde reis, cavaleiros, donzelas, espadas e magos dão as cartas.

Algumas edificações, que chegam a ter mil anos, são habitadas por lendas de fantasmas enigmáticos. Como o Palácio Hampton Court, às margens do rio Tâmisa, nas cercanias de Londres. Construída pelos normandos com blocos de pedra quase bruta, a edificação era a residência favorita do rei Henrique VIII, que a utilizava também para executar seus traidores.

Hoje, é famosa por histórias de fantasmas de algumas das mulheres do monarca. Diz a lenda que três de suas mulheres que ali viveram (Ana Bolena, Jane Seymour e Catherine Howard, assassinadas a mando do rei) seguem morando no prédio. Alguns visitantes afirmam ver aparições e ouvir gritos.

Mistérios à parte, a construção é procurada por turistas em Londres para passeios de um dia que ainda combinam uma visita à tradicional Escola Eton e ao Castelo de Windsor, a mais famosa das residências da família real britânica. O palácio recebe hóspedes e há gente que, acredite, faz questão de dormir nos aposentos onde Catherine Howard foi decaptada.

Já em Angus, perto de Edimburgo, na Escócia, fica a mais misteriosa das construções da Grã-Bretanha. O Castelo Glamis, famoso por servir de cenário para a peça Macbeth, de William Shakespeare, é cercado por um fosso de enigmas fantasmagóricos. Ancestrais da família Bowes Lyons (cujos descendentes ainda são os proprietários) supostamente vagariam pelas dependências do imóvel. As visitas, conduzidas por guias que contam algumas das muitas misteriosas histórias do local, duram cerca de uma hora. Entre os aposentos visitados, está a capela onde, dizem, surge no fim do dia a imagem de uma jovem ajoelhada.

Próximo dali, encontra-se o Holyrood House, residência oficial da rainha da Inglaterra quando visita a Escócia. Nela, o turista pode visitar os aposentos reais, a sala do trono e a de jantar.

Ainda em terras escocesas, fica o Palácio Linlithgow. Ali também circulam lendas de aparições de fantasmas. Vazio, semi-abandonado e com poucos visitantes, o palácio de pedra causa frio na espinha mais ainda a quem se depara com o cavaleiro protegido por uma armadura que os zeladores garantem aparecer com freqüência.

Em contraste, há o castelo de Edimburgo, invariavelmente repleto de turistas. Entre as atrações principais da enorme construção, destaque para o Scottish United Services Museum, onde estão relíquias militares de diversas épocas.

Estrutura turística semelhante pode ser conferida no Castelo Warnick, situado a cerca de 35 km de Birmingham. São mil anos de história contados no belo edifício cercado por muros protegidos por torres. Um intenso calendário de atividades incrementa ainda mais o passeio. Até o dia 2 de março, por exemplo, acontece o Medieval Gross, quando os visitantes podem conferir, por meio da gastronomia e dos hábitos medievais, como era a vida na Idade Média.

Já o Castelo de Howard, erguido em 1699 na cidade de York, na Inglaterra, apresenta uma preciosa coleção de obras de arte: pinturas, porcelanas chinesas e estátuas gregas e romanas. Nas instalações funcionam café, livraria e outras lojas.




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