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Já existiu dragão?
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
21/03/2010 | 07:38
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Fernando Nonato / DGABC


Os amigos Lucas Cunha Figueira, 8 anos, Milena de Almeida Godoy, 10, e Gabriel Henrique Portioli, 8, da Emef Leandro Klein, em São Caetano, acreditam que dragões possam ter existido de verdade há milhares de anos. "O dragão deveria ser parecido com o dinossauro, a diferença é que tinha asas e cuspia fogo", diz Milena. Apesar de crerem nas lendas, os três ficam felizes por não haver nenhum atualmente na natureza. Já pensou a bagunça que seria? "Se dragão existisse hoje, não teria mais nenhuma casa e prédio em pé", afirma Gabriel.

Dragões não existiram na vida real. Pelo menos até hoje os estudiosos nunca encontraram nada que comprovasse a permanência deles na Terra. Não se sabe ao certo quando, mas muitas civilizações criaram contos, lendas e mitos com esses seres há milhares de anos.

Os chineses, por exemplo, começaram a acreditar na existência desses animais a partir da descoberta de fósseis de dinossauros e pterossauros (répteis que voavam e não são considerados dinos). Imaginaram que as peças encontradas tratavam-se de partes do corpo de monstros antigos. Daí criavam histórias sobre eles. Outros povos, como indianos, babilônios (viviam no território em que hoje fica o Iraque) e astecas (habitaram o México) também possuíam lendas sobre o bicho.

Os dragões têm diferentes significados, dependendo da região. Em países orientais, como China, Japão, e Coréia, representam sabedoria e trazem sorte; alguns são considerados deuses e seres mágicos. Na Europa, a maioria dos monstrengos é vista como má, cospe fogo e destrói tudo o que encontra pela frente. Na mitologia grega, também aparecem como os principais inimigos de alguns heróis.

O dragão está presente até na imagem do santo católico São Jorge. A lenda diz que ele salvou um vilarejo da terrível criatura. Ainda hoje os seres imaginários aparecem na literatura. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, por exemplo, o personagem Hagrid ganha um ovo que dá origem ao dragão Norberto. As obras do escritor britânico JRR Tolkien também são cheias desses bichos.

Para os cientistas, a existência dos dragões não seria possível porque nenhum bicho já apresentou quatro patas e duas asas, uma vez que elas são a evolução dos membros anteriores, como no caso dos morcegos. Além disso, seria muito difícil para qualquer animal produzir chamas naturalmente e lançá-las na atmosfera.

Só há um dragão de verdade, o de Komodo!
O dragão-de-Komodo é grande e feroz, mas está longe de cuspir fogo. É o maior lagarto terrestre, chega a atingir 3 m de comprimento e pesar cerca de 150 kg. É encontrado em apenas algumas ilhas da Indonésia e está ameaçado de extinção. É ovíparo: a fêmea bota, em média, 20 ovos num buraco que cava no chão.

Alimenta-se principalmente de mamíferos de médio e grande porte, como javalis e búfalos. Em geral, antes de devorá-la, esse lagartão morde a vítima e espera que ela morra. Imaginava-se que isso ocorria por causa da gigantesca quantidade de bactérias presentes na saliva do bicho, que provocavam a morte. Mas recente estudo da Universidade Nova Gales do Sul, na Austrália, indica que o dragão-de-Komodo tem glândulas produtoras de veneno e é isso, na realidade, que mata a vítima.




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