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Greve na Receita prejudicou exportações em maio, diz secretário
Da Agência Brasil
01/06/2006 | 19:32
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O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat, disse nesta quinta-feira que as exportações brasileiras em maio foram prejudicadas pela greve dos fiscais da Receita Federal.

"No mês de maio, esperávamos uma exportação acima dos US$ 11 bilhões e ela foi de US$ 10,275 bilhões. Se as greves não tivessem acontecido, certamente esse patamar esperado certamente teria sido atingido", afirmou.

Segundo o secretário, por causa da greve, não é possível fazer uma análise precisa do resultado do comércio exterior em maio. "Por causa da greve, maio se tornou um ponto fora da curva", disse Meziat.

Com as importações crescendo – elas somaram US$ 7,247 bilhões em maio - houve queda no saldo na balança comercial, que chegou a US$ 3,028 bilhões, 12,43% menor que o superávit alcançado em maio de 2005.

Entretanto, o governo considera o resultado positivo, porque reflete um momento econômico mais dinâmico. "As importações estão crescendo porque a economia brasileira está crescendo e é do interesse brasileiro que essas compras externas cresçam. Elas funcionam positivamente para o desenvolvimento econômico brasileiro".

A valorização do real frente ao dólar estimulou os brasileiros a comprarem produtos no exterior. A compra dos bens de consumo, como automóveis e eletroeletrônicos, cresceu 36,8% na comparação entre os períodos de janeiro a maio de 2005 e 2006. Também foi forte o crescimento da aquisição de máquinas e equipamentos por partes de empresas, em 26,8%. Isso significa que as fábricas planejam ampliar a produção.

Os dados de crescimento da importação de bens de capital coincidem com os dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontaram para crescimento de 3,7% nos investimentos brasileiros entre janeiro e abril de 2006.

Este ano, as importações estão crescendo num ritmo mais acelerado que o das exportações, e a tendência, segundo Meziat, é que a performance se repita em todos os meses ao longo do ano. Com isso, o resultado esperado para dezembro é de um saldo ao redor de US$ 40 bilhões, contra US$ 44,8 bilhões em 2005.




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