Decidido a romper o contrato com a Sabesp - administradora dos serviços de água e esgoto desde 2004 -, o candidato a prefeito de São Bernardo pelo Psol, Aldo Santos, pretende reativar o DAE (Departamento de Água e Esgoto). "Desde que a empresa passou a gerenciar o serviço, a situação ficou caótica. O saneamento da cidade é vergonhoso, falta água e ainda temos esgoto a céu aberto", critica.

A eventual multa pelo rompimento do contrato com a concessionária é o que menos preocupa o ex-vereador. "Vamos discutir a multa na Justiça", provoca, ao indagar os motivos pelos quais o prefeito William Dib (PSB) ainda não fez a Sabesp cumprir o combinado. "Ele precisa explicar porque nada foi feito para solucionar o problema de abastecimento. À época do DAE a conta era emitida a cada dois meses, após a concessão do serviço, a população paga mensalmente por algo que não tem."

O socialista também propõe a implantação de coleta seletiva em todos os bairros e a criação de usinas para tratamento do esgoto. A idéia é que as estações sejam construídas no primeiro ano do possível governo em regiões periféricas que carecem de saneamento básico. "Vamos administrar ao contrário e priorizar o projeto. Para nós, o Centro será a periferia."

Aldo pensa ainda em uma política de educação ambiental envolvendo os governos municipal, estadual e federal. "Como podemos preservar se na lei do Estado e da União tudo é permitido?", questiona, ao citar o Rodoanel - parte da via está em área de manancial - como o maior custo ambiental da cidade. "É uma obra necessária, mas devastadora."

Embora acredite que a questão da preservação do meio ambiente é trabalhada em sala de aula, o candidato insiste na obrigatoriedade de implementar a disciplina na grade. "Todo currículo escolar moderno não pode abrir mão da matéria específica", defende.