Um ranking elaborado pelo Bird (Banco Mundial) coloca o Brasil como um dos países mais difíceis de se fazer negócios no mundo. De acordo com o relatório, o país ocupa a 122º colocação entre as 178 nações com mais facilidades para se negociar.

O país caiu uma posição em relação ao ranking anterior, quando 175 nações foram avaliadas. Segundo o relatório "Doing Business 2008", realizado entre junho de 2006 até 1º de junho deste ano, o Brasil continua sendo o lugar em que as empresas passam mais tempo pagando tributos, destinando 2,6 mil horas por ano somente para isso. Na Cingapura, terceira melhor colocada no ranking, são apenas 49 horas.

De acordo com o relatório, um investidor demora em média 152 dias para abrir uma empresa no Brasil, enquanto na Dinamarca são apenas 6 dias. O estudo do Bird aponta que os países que promoveram reformas foram os que mais melhoraram suas posições no ranking global.

O Brasil, segundo o relatório, fez reformas em dois dos critérios analisados no período: negociação entre fronteiras e execução de contratos. Além desses dois itens, o Banco Mundial também analisa as facilidades para iniciar um negócio, negociação de licenças, contratação de funcionários, registro de propriedades, obtenção de crédito, proteção ao investidor, pagamento de impostos e encerramento de negócio.

Entre as menções positivas do Brasil, destacaram-se a reforma do Código Civil, que facilitou a cobrança de dívidas, e o número de casos que podem ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) ter diminuído, além da possibilidade de se enviar documentos eletronicamente para os tribunais.

Países – Ocupam as primeiras colocações no ranking Cingapura, Nova Zelândia, EUA, Hong Kong, Dinamarca, Reino Unido, Canadá, Irlanda, Austrália e Islândia.

A América Latina, de acordo com o relatório, foi a região que menos promoveu reformas que facilitaram os negócios.  O país mais bem colocado no continente foi Porto Rico (28º), seguido por Chile (33º) e México (44º).