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Pedófilo belga Marc Dutroux é condenado à prisão perpétua
Do Diário OnLine
Com Agências
22/06/2004 | 21:03
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O pedófilo belga Marc Dutroux, 44 anos, foi condenado à prisão perpétua nesta terça-feira pelo seqüestro e estupro de seis meninas e adolescentes e pelo assassinato de quatro delas entre 1995 e 1996.

"Marc Dutroux, você foi condenado à pena máxima. Acho que se saiu melhor que a maioria das suas vítimas, que já (elas) não fazem parte do mundo dos vivos", disse o presidente do Tribunal Penal de Arlon, na Bélgica, Stéphane Goux, após a leitura da sentença.

A Justiça também condenou à prisão os co-participantes dos crimes do pedófilo: a ex-mulher de Dutroux, Michelle Martin, a 30 anos, por seqüestro das seis meninas e estupro; seu sócio, Michel Lelièvre, a 25 anos, pelo seqüestro e tortura de quatro delas e por tráfico de drogas; e o empresário Michel Nihoul, a cinco anos de cadeia por fraude e tráfico de drogas dentro de uma associação criminosa à qual pertencia Dutroux.

Depois de mais de três meses de julgamento, Dutroux foi declarado culpado do seqüestro, estupro e assassinato de An Marchal e Eefje Lambrecks, de 17 e 19 anos. Elas foram seqüestradas em 22 de agosto de 1995, numa área próxima a Ostende, e seus corpos encontrados em 3 de setembro de 1996, no sótão da casa de Dutroux, em Charleroi.

Dutroux também foi considerado culpado pelo seqüestro, estupro e morte de Julie Lejeune e Melissa Russo, de 8 anos, que foram seqüestradas em junho de 1995 na cidade de Liege. As duas morreram de fome no cativeiro e seus cadáveres foram encontrados no jardim de uma casa do pedófilo na região de Sars-la-Buissière, em 17 de agosto de 1996.

Por último, foi condenado pelo seqüestro e estupro de Sabine Dardenne e Laetitia Delhez, de 12 e 14 anos, as únicas que sobreviveram. Ambas foram libertadas em 15 de agosto de 1996, dois dias depois da prisão de Dutroux. As meninas depuseram contra ele no tribunal.

A advogada de Sabine Dardenne, uma das sobreviventes, declarou que sua cliente "está feliz”. Por fim, “foi feito justiça". Os pais das vítimas acharam que as penas dos cúmplices de Dutroux foram insuficientes.

Durante o julgamento, o pedófilo admitiu o seqüestro e o estupro das meninas, mas negou o homicídio. Esse caso foi considerado como o julgamento do século na Bélgica. Centenas de pessoas marcharam protestando pela demora da resolução do caso e milhares assinaram uma petição que pede o tempo máximo de prisão para o belga. O pedófilo já esteve em liberdade condicional após prisão pelo rapto de meninas nos anos 80.




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