Geleião compareceu ao Fórum da Barra Funda, zona Oeste da capital, para depor como testemunha de acusação no processo de formação de quadrilha contra outros 14 membros do PCC. Tudo que ele falou foi transmitido em tempo real para 11 presos da Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes (interior do Estado) e para três que estão no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na capital.

Entre esses criminosos que acompanharam os depoimentos estavam Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola; Jair Facca Júnior, o Faca; David Stocker Uchôa Maluf; o Magaiver; Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola; e o seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.

O líder do PCC resolveu revelar parte do que sabia, pois acredita que a organização já não tem a mesma força do que nos anos anteriores. Para Geleião, o Primeiro Comando da Capital teve um racha na cúpula em outubro do ano passado. Depois que isso aconteceu, membros importantes começaram a ser detidos. Outro motivo que o incentivou a falar foi a prisão da sua esposa.

Por estas informações, Geleião será beneficiado em um dos processos que responde com uma possível redução na pena em caso de condenação.

Apesar de participar da audiência como testemunha de acusação, Geleião também é acusado, junto com os demais integrantes do PCC, em quatro processos por formação de quadrilha.