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Andinho nega participação na morte do prefeito de Campinas
Do Diário OnLine
17/10/2002 | 17:40
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O seqüestrador Wanderson de Paula Lima, o Andinho, afirmou nesta quinta-feira que não teve participação na morte do prefeito de Campinas Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT. O acusado depôs em uma sala secreta do Fórum de Campinas, no interior de São Paulo, por motivo de segurança.

Andinho voltou para o presídio Presidente Bernardes por volta das 15h, escoltado por um forte esquema policial, incluindo o helicóptero Águia da PM. Ele confirmou que Valmirzinho, outro integrante da quadrilha, realmente tinha um Vectra prata, veículo de onde teria saído o tiro que matou o prefeito, mas teria se livrado do carro sem explicar o motivo.

Cristiano Nascimento, que fazia parte da quadrilha de Andinho e que também está sendo julgado pelo crime, afirmou que eles foram pressionados pelos policiais do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) para confessarem a participação no homicídio, acontecido na noite de 10 de setembro de 2001.

Segundo Cristiano, outro integrante da quadrilha de Andinho, Anderson Bastos, havia dito em uma conversa telefônica que o prefeito Toninho morreu por estar na hora errada e no lugar errado. O seqüestrador aponta Anderson e outros dois criminosos, todos já mortos, pelo crime, e negou que Andinho estivesse no Vectra no momento do assassinato.

Para o promotor Fernando Viana, o depoimento de Cristiano desta quinta-feira, que contraria a versão dada por ele no começo do ano de que Andinho teve participação no crime, não prejudica o andamento do caso. Segundo ele, a audiência desta quinta não deixa dúvidas de que foi mesmo a quadrilha de Andinho que matou o prefeito.

Nesta quinta, também foram ouvidas cinco vítimas de seqüestro realizados pela quadrilha de Andinho, um perito do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e o delegado que concluiu o inquérito da morte de Toninho, Luís Fernando Teixeira.

Condenação- Andinho foi condenado na quarta-feira a sete anos de prisão pelo assassinato de Nivandro de Souza Silva, em 1998, em Campinas. Ele alegou legítima defesa e explicou durante o julgamento que a vítima queria matá-lo por causa de uma disputa por pontos de venda de drogas.

Em julgamentos anteriores, Andinho já havia sido condenado há 74 anos de prisão, mas conseguiu escapar da cadeia.




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