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Região vende menos carros que a média
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
21/01/2010 | 07:00
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Enquanto o mercado nacional de veículos mostra recuperação nas vendas de janeiro, em relação ao mesmo período do ano passado, o Grande ABC ainda não tem motivos para comemorar. Concessionárias da região apontam que a saída de carros neste mês foi uma das piores dos últimos anos, ultrapassando, inclusive, janeiro de 2009, ápice da crise financeira mundial.

A queda nas vendas variou de 15% até 40% em janeiro quando comparado ao mês de dezembro. A média nacional do setor, no entanto, fechou com vendas 3,92% superiores aos números de 2009.

Entre os grandes vilões estão férias escolares, rematrículas e impostos. A mudança de modelos que começa a partir de fevereiro também complica a saída de veículos. "As pessoas gastam muito no fim do ano. Então, anteciparam compras e agora estão voltando das férias. A partir desta semana, retomamos o volume de negociação e vendas. Sempre acreditamos que melhora", avalia a gerente de vendas Ednéia Vedovato, da Avel Veículos, de São Bernardo.

Segundo ela, a concessionária teve queda de 20% nas vendas em janeiro, uma das piores nos últimos dez anos. "Em alguns anos tivemos janeiros maravilhosos, mas é quase sempre uma incógnita. Vamos ver se nesses últimos dez dias conseguimos melhorar o fluxo de caixa", aponta.

Na concessionária Paulitália, de Mauá, o cenário foi ainda pior. O gerente Paulo Sérgio Destra afirma que as vendas diminuíram 40% quando comparadas ao mês passado. "É normal o movimento cair em cerca de 20% em janeiro, mas neste ano superou demais a média. Foi muito pior do que 2009", diz.

O gerente da Sandrecar de Mauá, Thiago Alves, atesta que a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) deu folêgo para os clientes e diminuiu a procura em janeiro. " Além disso, no primeiro mês do ano entramos numa troca de modelos de carros para ano e modelo 2010. As pessoas seguram os gastos." A concessionária teve queda de 15% nas vendas.

Apesar do panorama, as revendedoras apostam em grande comércio em 2010. Rodrigo Silveira do Espírito Santo, gerente de vendas de carros novos da Armando Veículos, de Santo André, afirma que o mercado está em plena recuperação. "Janeiro foi difícil por conta da crise. Não tínhamos ideia do quanto valiam os carros usados porque as fábricas deram tanto incentivo na compra de veículos zero-quilômetro que houve depreciação. Neste ano, estamos mais animados com as vendas", afirma.




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