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Escanteado, Rubinelli defende prévias para vice

Vereador de Mauá diz que tem a contribuir com chapa de Donisete, mas está próximo de sair do PT

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
04/02/2016 | 07:00
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Escanteado e sem influência no PT de Mauá, o vereador Wagner Rubinelli tem procurado se fortalecer internamente na legenda para disputar a reeleição em outubro e estuda, nos bastidores, deixar novamente o petismo. Para evitar mais um fracasso político fora do PT, o parlamentar defende agora disputar “prévias para a vice” do prefeito mauaense, Donisete Braga (PT).

Rubinelli nega intenção em abandonar o partido pela segunda vez, mas lideranças petistas da cidade não têm se convencido disso. O parlamentar saiu do PT em 2005, no auge do Mensalão. Voltou para o partido seis anos depois, desgastado politicamente e colecionando derrotas em legenda historicamente opositora ao PT – em 2006, tentou vaga de deputado federal pelo PPS, mas foi derrotado e, em 2008, perdeu ao tentar reconquistar mandato de vereador. “Eu fico no PT. Mas acho que já contribui no Legislativo e acredito que meu nome deva ser colocado na discussão sobre a vice (do prefeito)”, defendeu.

Rubinelli falou com a equipe do Diário na terça-feira, durante a primeira sessão do ano. Alguns minutos depois, ligou reiterando o desejo de haver disputa interna pela vice de Donisete. Aos mais próximos, teria dito que chegou a anunciar sua candidatura a vice ao Diário, mas que recuou. “Saindo no jornal, passa a ser oficial”, afirmou, ao ser questionado quando formalizaria no PT a intenção em ser candidato a vice.

Donisete tem feito suspense sobre quem será seu parceiro de chapa, mas escancara o desejo de abrir a vaga para alguém de fora do PT,quebrando tradição do diretório da legenda em lançar dois petistas às disputas majoritárias na cidade. No partido, há quem defenda chapa pura e reivindique o posto, como o vereador licenciado e atual superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Paulo Suares, e o sindicalista Ivo Motta. O ex-prefeito Oswaldo Dias e sua mulher, a ouvidora municipal, Celma Dias, também têm os nomes ventilados nos bastidores. A possibilidade de eleições internas no PT para a candidatura a vice, porém, é remota.

Para evitar confronto com correligionários, o prefeito tem colocado panos quentes sobre o debate, alegando que ainda é cedo para bater o martelo em torno do nome que ocupará a vaga. Entre as legendas aliadas, desponta internamente o PSB, com o presidente municipal da sigla e secretário de Segurança Pública, Carlos Tomaz. 




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