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USP e Embrapa lançam manual de peixes do Pantanal
Do Diário do Grande ABC
06/10/1999 | 17:08
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Vinte e três anos de trabalho contínuo se passaram entre o primeiro esboço e o lançamento do livro "Peixes do Pantanal: Manual de Identificaçao", dos pesquisadores Heraldo Antônio Britski, do Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo, USP (http://www.usp.br), Keve de Silimon e Balzac Santana Lopes do Centro de Pesquisas Ictiológicas do Pantanal MatoGrossense, Cepipam.

O livro foi lançado oficialmente em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, no final de setembro, e ainda terá um lançamento em Sao Paulo, no próprio Museu de Zoologia, em algumas semanas.

A publicaçao foi muito além da simples pesquisa em coleçoes de museu: começou com dois ou três anos de coleta, em toda a área do Pantanal Matogrossense, enveredou por outros tantos anos de pesquisas taxonômicas, para identificaçao correta e minunciosa das características de cada espécie e chegou até a difícil fase da ilustraçao científica, uma área extremamente carente de bons profissionais brasileiros.

Além dos autores, participou do trabalho um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa Pantanal (http://www.cpap.embrapa.br), Agostinho Carlos Catella.

Sao 184 páginas com nome científico, nome comum, ilustraçoes e uma breve descriçao de cada uma das 263 espécies de peixes pantaneiros, grandes e pequenos.

Os peixes de maior porte e economicamente mais importantes estao em 40 aquarelas feitas por Alvaro Evandro Xavier Nunes, autor também de 119 bicos de pena, que identificam espécies menores, mais os detalhes da anatomia dos peixes, que ilustram o glossário de termos técnicos, no final do livro. O artista fez as ilustraçoes com modelos vivos, mantidos em aquários na Embrapa Pantanal.

"Em algumas das coletas apareceram espécies de ocorrência nova no Pantanal", conta Britski. "E apareceu um peixinho, de fundo, com cerca de 10 centímetros, que se revelou nao apenas uma espécie nova, mas um gênero novo". O peixe foi coletado há cerca de 10 anos e ainda está sendo cientificamente descrito, por isso nao está no manual.

Também nao foram incluídas as espécies introduzidas, como o tucunaré da Amazônia. A única exceçao é uma pescada de água doce, também da Amazônia, que quarta-feira já chegou até o reservatório de Itaipu, no Paraná. Há uma ilustraçao sua, no livro, para explicar as diferenças morfológicas em relaçao a uma pescada pantaneira, muito parecida. Mais informaçoes na Embrapa Pantanal, pelo telefone (67) 2311430 ou do endereço eletrônico sac@cpap.embrapa.br. O livro tem 34x26cm e custa 70 reais para os pescadores e pesquisadores interessados.




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