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Demitidos da Prol Gráfica fazem protesto
Soraia Abreu Pedrozo
02/02/2016 | 07:30
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Nario Barbosa/DGABC:


Trabalhadores demitidos da Prol Editora Gráfica, de Diadema, fizeram manifestação na manhã de ontem em frente à empresa para cobrar o pagamento das verbas rescisórias. Eles queimaram pneus para bloquear a Avenida Papaiz. A companhia, que está em recuperação judicial, dispensou cerca de 300 empregados no fim do ano passado e alega estar com dificuldades para cumprir com as obrigações trabalhistas.

Segundo Carlos Alberto do Nascimento, líder da comissão de ex-funcionários, a empresa está finalizando processo de venda de equipamento no valor de US$ 2 milhões (o equivalente a cerca de R$ 7,9 milhões) para grupo mexicano, e utilizará o dinheiro arrecadado para pagar as rescisões. O problema é que a transação deverá ser concretizada apenas em abril. Até lá, a gráfica teria se comprometido a pagar ajuda de custo mensal no valor de R$ 1.000 para cada demitido.

“Acontece que a promessa era de que esse pagamento fosse feito todo dia 30, o que já não aconteceu no mês passado. Agora, estão prometendo para o dia 15. Se não cumprirem, faremos novo protesto”, garante Nascimento, que trabalhou na Prol por oito anos. Ele acrescenta que, em razão do adiamento, os ex-funcionários estão com as contas atrasadas. “Alguns, inclusive, estão correndo o risco de serem despejados de onde moram”, lamenta.

O grupo acusa o Sindicato dos Gráficos do ABC de omissão, por, segundo eles, não tomarem frente das negociações com a empresa. O presidente da entidade, Isaías Karrara, foi procurado para comentar o assunto, mas disse “não estar por dentro” do protesto. Informou que outros dois dirigentes sindicais, identificados como Francisco e Ângelo, estariam acompanhando o impasse, mas ambos não foram localizados.

A equipe do Diário tentou contatar a direção da Prol durante a tarde de ontem, mas nenhum dos telefones da empresa estava operante.




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