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Comerciantes reclamam das credenciadoras de cartão de crédito
19/06/2010 | 07:11
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O presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), Roque Pellizzaro Júnior, afirmou que a entidade tem recebido relatos de lojistas sobre a tentativa de fidelização das credenciadoras de cartões de crédito e avaliou a prática como negativa. "Você tira do comerciante o poder de barganhar durante um determinado prazo. O Estado deve intervir, porque isso lesa, em última instância, o consumidor."

Ele afirmou também que a entidade incentivará os comerciantes a barganharem por redução de preço nos primeiros meses após a nova regra que acaba com a exclusividade das credenciadoras em relação às bandeiras de cartão de crédito. "Acredito que o valor do aluguel tende a chegar a zero, porque a função da credenciadora não é ganhar com isso. A locação é uma atividade-meio e não a atividade-fim."

Para Pellizzaro, a concorrência com a entrada de novos players reduzirá preços. "A notícia que a gente tem é que tem banco que já está dando máquinas a custo zero para entrar no mercado. Estamos alertando o lojista para não assinar fidelização, principalmente nesses primeiros 120 dias. É preciso brigar, barganhar, porque o preço vem para baixo."

O presidente do Sindicombustíveis (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais do Estado do Paraná), Roberto Fregonese, também comentou a tentativa de fidelização por parte de credenciadora e rechaçou a atitude. "No Paraná, houve uma abordagem por parte de um funcionário de uma operadora com contrato de adesão que diz que o revendedor aceita as condições da empresa e inclusive dá exclusividade a ele na captura de todos os cartões."

Fregonese afirmou que a entidade solicitará à SDE (Secretaria de Direito Econômico) a nulidade dos contratos de fidelização assinados. "Achamos que tínhamos situação que não era conforme, porque tem de haver ampla negociação e na verdade se tratava de um acordo de adesão."




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