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Crescimento das exportações pode superar meta para o ano
30/05/2003 | 23:35
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O crescimento das exportações deverá superar a meta prevista pelo governo para o ano e a projeção poderá, em breve, ser revista para cima mais uma vez. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que está “tentado” a revisar a meta de US$ 8 bilhões, depois de estimar que as vendas externas acumularão US$ 27 bilhões de janeiro a maio, 30% (ou US$ 6 bilhões) acima do mesmo período de 2002.

Furlan também afirmou que o superávit da balança este ano chegou a US$ 7,794 bilhões até quinta-feira e que nos cinco meses o valor somará US$ 8 bilhões. Em junho, um missão do ministério viaja ao Oriente Médio para analisar a participação de empresas brasileiras nos projetos de reconstrução do Iraque.

Furlan disse que faltam US$ 2 bilhões para a meta atual de aumento de exportações, mas preferiu não apresentar um novo objetivo, ainda. “Estamos tentados a aumentar a nossa meta, mas só vamos ceder à tentação quando chegarmos aos US$ 8 bilhões porque o segundo semestre inteiro será com uma taxa de câmbio nominal e real muito menor do que a do ano passado”, explicou, afirmando que a reavaliação ficará para quando terminar o primeiro semestre.

“Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”, disse. Segundo Furlan, o jogo este ano será de dois tempos: primeiro e segundo semestres. Isto porque no primeiro semestre de 2002 a média mensal de exportações foi de US$ 3,9 bilhões e este ano deverá fechar acima de U$ 5,5 bilhões, com crescimento expressivo. Nos últimos seis meses do ano passado, contudo, a média foi de US$ 5,9 bilhões. “Não dá para esperar que o crescimento seja na mesma velocidade.”

“Sem dúvida, o mundo está com o pé no freio. O segundo semestre é uma incógnita”, concorda o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro. Furlan também previu que o país alcançará “muito brevemente” saldo acumulado em 12 meses de US$ 19 bilhões, mas, em determinado momento o superávit pode cair um pouco, já que em meses do ano passado o saldo foi muito alto.

O ministro disse que as importações devem crescer no segundo semestre. “Isso é positivo para a economia. Agora nosso trabalho é para que as importações não cresçam em uma velocidade maior do que as exportações.” Outro objetivo é ampliar o peso do Brasil nas compras da Alemanha do atual 0,8% para 1% este ano e depois para 2%.

Empreiteiras – A alta das exportações deverá responder por 1,5% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), com a criação de 600 mil postos de trabalho. Sexta-feira, o secretário-executivo do ministério, Márcio Fortes, reuniu-se com representantes das seis maiores empreiteiras do país. Um dos temas foi a reconstrução do Iraque. A missão brasileira irá ao Kuwait trabalhar para a subcontratação de firmas brasileiras por empresas dos países que farão a reconstrução do Iraque.




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