Economia Titulo
Renda é dobrada em
casa com acesso à internet
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
27/09/2011 | 07:15
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O computador não é mais de uso exclusivo dos endinheirados. A grande oferta de crédito no País abriu caminho para a inclusão digital das famílias mais pobres, que têm a chance de comprar essas máquinas em várias parcelas. E a renda média familiar de quem possui um PC com acesso à internet é o dobro do rendimento médio dos domicílios que não têm computador na região.

Em média, as famílias que não possuem a máquina em casa têm renda mensal de R$ 1.916. Elas representam cerca de 34% da população da região, ou seja, aproximadamente 870 mil pessoas. Por outro lado, cerca de 1,5 milhão de pessoas possuem um computador em suas casas com acesso à internet, o que representa 59,8% dos 2,5 milhões de consumidores do Grande ABC. E o rendimento médio deste grupo é de R$ 3.809.

Os dados são da pesquisa socioeconômica do Instituto de Pesquisas da Universidade Municipal de São Caetano, referentes a fevereiro, última apuração do estudo. No entanto, a disparidade entre as rendas é compatível à média nacional, conforme o Tech Metrics Brasil 2011, levantamento recém-divulgado pela Intel. A empresa mapeou que, no País, o faturamento médio dos domicílios com a presença de, ao menos, um PC é o dobro do valor das famílias que não possuem o bem.

O coordenador do Inpes/USCS, Leandro Prearo, analisou que a grande oferta de crédito quebrou, há tempos, a barreira das famílias mais pobres que desejavam adquirir um computador. Mas destacou que a diferença de renda entre os domicílios com acesso à internet é impulsionada pelos gastos com acesso à rede mundial de computadores por banda larga, o que demanda mais dinheiro.

"As famílias até conseguem comprometer cerca de R$ 49 mensais para pagar as parcelas dos computadores. Mas o problema é ter que desembolsar mais uma vez esse valor para assinar uma conta de banda larga, o que acaba sendo privilégio apenas para aqueles que ganham um pouco mais", analisou.

Completando sua visão, Prearo lembrou que a renda média das famílias que possuem computador, independentemente se têm ou não acesso à internet, é de R$ 2.533, cerca de R$ 617 a mais do que a média dos domicílios sem PC. "Isso é indício de que a cultura da região também é fator limitador para a aquisição do bem", disse.

EXPERIÊNCIA - Prearo acredita que a presença massificada dos consumidores da terceira idade na região pode contribuir para que 34,1% das famílias, mesmo com renda próxima aos que possuem computador, não tenham um PC em casa. Ele explicou que o receio de aprender novas tecnologias, que os mais velhos normalmente apresentam, ajudam no resultado. "Nesses domicílios podem ter outras barreiras como as culturais. E sabemos que as classes D e E são minorias na região", reforçou.

PAÍS - A pesquisa da Intel revela que o computador é o eletroeletrônico mais desejado pelas famílias. E 47% dos brasileiros dizem que a sua próxima compra no segmento será um desktop (PC de mesa), um notebook (computador portátil) ou um netbook (minicomputador).

 

Tablets atingem 196 mil brasileiros, revela pesquisa

 

Levantamento realizado pela empresa de pesquisas Ipsos aponta que 196 mil consumidores no País possuem tablets (microcomputadores portáteis em forma de prancheta e com a tela sensível ao toque).

O perfil mais comum dos proprietários desses aparelhos são os homens, com idade entre 18 anos e 24 anos e pertencentes à classe de consumo A.

A Ipsos informou que o levantamento teve entrevistas com pessoas com idade acima de 13 anos, de ambos os sexos, de todas as classes de consumo e espalhadas pelo País.

A maior presença de donos do bem está em São Paulo, com 66% dos entrevistados que afirmaram possuírem um tablet. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com 18%, e o restante está dividido entre Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e Recife (PE).

 

INFLUÊNCIA - A internet é o meio mais citado como influenciador para a decisão de compra de um tablet na opinião dos entrevistados. Enquanto 66% assinalaram essa resposta, outros 41% afirmaram que o conhecimento boca a boca teve grande contribuição.

 




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