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Mulheres lideram casos de câncer de tireóide
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
24/07/2010 | 09:05
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O câncer de tireóide atinge proporção de três mulheres para cada homem em todo o mundo, segundo estatísticas do HCor (Hospital do Coração). A predominância da doença em pacientes do sexo feminino é um dos temas discutidos hoje entre médicos e outros profissionais da Saúde, durante o 1º Simpósio de Doenças da Tireóide.

O evento é realizado pelo HCor (Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 , bairro Paraíso), na Capital.

A tireóide é uma glândula localizada na parte da frente do pescoço e produz hormônios T3 e T4 - responsável pelo controle do metabolismo. O principal sinal do câncer é a presença de nódulo indolor na tireóide que altera os níveis sanguineos dos hormônios.

O especialista do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do HCor e também do Hospital Anchieta, em São Bernardo, Fábio Roberto Pinto salienta que a doença tem tido aumento anual de 6%. Mas o crescimento ocorre porque também tem aumentado os diagnósticos. "Hoje, as pessoas tentam fazer exames preventivos e as evoluções tecnológicas ajudam", explicou o médico.

Baseado em novas tecnologias, a médica especialista em anatomia patológica Fernanda Cavalcanti falará sobre o exame que pode contribuir para determinar se um nódulo é maligno ou benigno.

"Cerca de 5% dos pacientes têm câncer de tireóide. Por isso a importante do acompanhamento, que além do cirurgião de cabeça também pode ser feito pelo endocrinologista", completou Fábio Roberto Pinto.

Nos casos da descoberta do câncer de tireóide durante a gravidez e diagnosticada a necessidade de cirurgia é recomendável esperar a criança nascer. Porém, os cuidados devem ser redobrados, pois os riscos podem acometer o bebê, já que as chances de aborto aumentam.

Outra reação metabólica que pode ser alterada na mulher devido o hipertireoidismo descontrolado é a falta da menstruação.

IDADE - O câncer de tireóide pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum após os 30 anos. O tratamento mais adequado é o cirúrgico, no qual é feita a retirada completa da tireóide, associada também a retirada de gânglios linfáticos do pescoço que estejam comprometidos.

O risco de complicações mais sérias como rouquidão permanente é menor que 1% dos casos. Após a cirurgia, alguns pacientes devem receber tratamento complementar com iodo radioativo. A indicação desse tratamento depende da análise em conjunto de uma série de fatores, como idade, tamanho e agressividade local do tumor, entre outros fatores.




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