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BoJ não atingiu limite de relaxamento monetário e pode voltar a agir, diz Kuroda
29/01/2016 | 07:58
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O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse hoje que a decisão do BC japonês de adotar uma inédita taxa de juros negativa permitirá à instituição ampliar ainda mais seus estímulos monetários através de "três dimensões", afastando a hipótese de que a estratégia de relaxamento quantitativo do BoJ tenha atingido seu limite.

Em coletiva de imprensa que se seguiu à decisão do BoJ de cortar sua taxa de depósito, de 0,1% para -0,1%, Kuroda negou avaliações de que a política iniciada há três anos, que vem inundando o setor bancário com recursos financeiros numa tentativa de impulsionar a inflação, tenha se esgotado.

"Isso não significa, de forma alguma, que nosso relaxamento monetário quantitativo, incluindo as compras de bônus do governo, tenha alcançado o limite da expansão", afirmou Kuroda. "Isso significa que vamos implementar o relaxamento monetário através de três dimensões, ou seja, quantidade, qualidade e taxas de juros", completou.

As mudanças no programa do BoJ vêm três anos depois das agressivas compras de ativos, que normalmente são descritas como relaxamento monetário de uma "dimensão diferente", ficarem aquém das expectativas do BC japonês. Kuroda garantiu que, se necessário, o BoJ vai adotar novas medidas por meio dos três canais para atingir sua meta de inflação, que é de 2%, o mais cedo possível.

Kuroda ressaltou ainda que a taxa negativa e o relaxamento serão mantidos até que o BoJ cumpra sua meta de preços.

A quantidade normalmente refere-se ao tamanho das compras, que o BoJ manteve hoje inalterado em 80 trilhões de ienes (US$ 673 bilhões) por ano, enquanto a qualidade está ligada aos vários tipos de ativos que o BC japonês adquire. Fonte: Dow Jones Newswires.




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