Ex-funcionários da Karmann Ghia, autopeças de São Bernardo, protestaram ontem em frente à fábrica devido ao atraso no pagamento de rescisões trabalhistas. Dos cerca de 200 demitidos em 2015, metade foi dispensada em fevereiro e não recebe nada desde novembro. Os valores devidos foram parcelados e, quanto maior o montante, maior o parcelamento. Fonte que preferiu não se identificar foi cortada da empresa em outubro e, até hoje, não recebeu nenhuma das 22 parcelas que terá a receber por mais de 30 anos trabalhados na Karmann. “Estamos cansados das promessas da Mônica Marani. Ela sempre diz que vai pagar em determinada data e nunca cumpre o acordo”, desabafa. A diretora da empresa citada vem sendo procurada nesta semana pela equipe do Diário, mas não é localizada.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a orientação é que os ex-empregados ingressem com ação na Justiça para conseguir receber as verbas. Está sendo realizada a execução de três maquinários como garantia, estimados em R$ 5,4 milhões. A ideia é ter os equipamentos como precaução em caso de falência da empresa, embora essa hipótese seja afastada pela entidade.