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RJ: chefe de polícia quer Dinho Porquinho em presídio
Do Diário OnLine
Com Agências
09/05/2005 | 21:13
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O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, disse, nesta segunda-feira, que pedirá à Secretaria de Administração Penitenciária a transferência de Márcio Batista da Silva, 29 anos, o Dinho Porquinho, da Polinter para um presídio.

O pedido se deve ao fato de os advogados do bandido terem conseguido, em 2004, a sua liberdade, por meio de habeas-corpus na Justiça, alegando que ele não deveria estar numa penitenciária, local onde ficam os que cumprem pena. O traficante foi preso na última sexta-feira em Fortaleza (Ceará), por policiais da 36ª DP (Santa Cruz).

O chefe de Polícia disse, também, que o advogado de Dinho, Laerte Gomes Carvalho, preso neste domingo após oferecer R$ 50 mil ao delegado Marcus Neves, titular da delegacia de Santa Cruz, para que relaxasse a prisão do traficante, vai responder pelos crimes de corrupção ativa e associação para o tráfico de entorpecentes. Por esse crime, ele poderá ser condenado de três a 15 anos de reclusão.

Marcus Neves explicou que recebeu uma ligação de Laerte, indagando se poderia ter "uma conversa" a respeito do preso para relaxar a sua prisão. O fato foi comunicado ao chefe de Polícia, que orientou o delegado para que recebesse o advogado e, caso se concretizasse a proposta de suborno, lhe desse voz de prisão, o que de fato ocorreu.

Laerte tentou fugir, mas foi seguro por policiais da 36ª DP. Quatro homens que estavam do lado de fora da delegacia, em um Vectra branco, acompanhando o advogado, ainda tentaram resgatar o marginal, trocando tiros com os agentes. Os bandidos fugiram e um deles pode estar ferido, segundo Marcus Neves.

Em Fortaleza, Dinho se passava por empresário e tinha uma farmácia e um minimercado, na Rua Capitão Uruguai. Com o bandido, foram apreendidos carteira de trabalho e CPF com nomes falsos e um cartão da Secretaria de Fazenda cearense. A polícia investiga se o marginal, usando nomes falsos, estaria lavando dinheiro do tráfico de drogas e até declarando Imposto de Renda. Segundo o delegado Marcus Neves, Dinho recebia, mensalmente, dinheiro proveniente do comércio de entorpecentes.




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