Com isso, tentam canalizar o descontentamento popular para uma atitude que lhes favoreça nas eleiçoes de fevereiro, após o escândalo envolvendo o ex-chanceler Helmut Kohl.

'É tempo de voltarmos à competiçao política``, disse a secretária-geral do Partido Democrata Cristao, Angela Merkel, que junto com o candidato a governador, Volker Ruehe, distribuía panfletos em uma galeria comercial, nos quais o imposto era qualificado de uma 'carga insuportável para o povo``.

Ao abrir um encontro de dois dias para discutir a estratégia partidária, nesta sexta-feira, nas proximidades de Hamburgo, o líder dos democratas-cristaos, Wolfgang Schaeuble, exortou Kohl a esclarecer as suspeitas em torno das doaçoes de até US$ 1 milhao que o ex-chanceler solicitou de seus simpatizantes em 1990, sem que esses recursos figurassem nos registros contábeis do partido, numa aparente violaçao da lei.

Membros do partido disseram que Kohl nao participaria do encontro da direçao do partido, que ocorre na cidade de Norderstedt, algo estranho para quem raramente deixou de estar em uma reuniao durante os 25 anos em que dirigiu o partido conservador. Nao foi explicado o motivo da ausência do ex-chanceler.

Líderes democratas cristaos afirmaram que o escândalo será um dos temas tratados, mas disseram que o encontro enfocará principalmente a estratégia para as eleiçoes de 27 de fevereiro no pequeno estado de Schleswig-Holstein, ao Norte de Hamburgo, e temas como os impostos e a política sobre educaçao.

Antes do escândalo surgir, em dezembro, os democratas cristaos tinham grandes esperanças de obter uma série de vitórias eleitorais e substituir os social-democratas que governam Schleswig-Holstein. Mas agora se esforçam para reverter a considerável queda que registram nas pesquisas de opiniao.