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EUA sao estimulados a aprovar integraçao comercial
Do Diário do Grande ABC
20/03/2000 | 17:31
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O Congresso americano foi exortado segunda-feira por uma organizaçao privada a outorgar ao presidente Bill Clinton os poderes necessários para pôr em marcha a Area de Livre Comércio das Américas (Alca), assim como a estender à América Central os benefícios de que já desfruta o México no Tratado de Livre Comercio para América do Norte (TLC).

O processo de Alca nao avançou desde a cúpula presidencial de Santiago em 1998, quando Clinton prometeu negociaçoes com Chile para as quais o Congresso nunca lhe deu poderes.

O Congresso tem em sua agenda deste ano a questao centro-americana. O pedido para que reative o processo comercial coincidiu segunda-feira com o início de uma reuniao do Comitê Jurídico Interamericano sobre "as dimensoes jurídicas da integraçao".

O comitê, presidido pelo americano Keith Highet, é o mais antigo do sistema interamericano. Os outros membros sao Joao Grandino, de Brasil; Luis Herrera Marcano, do Venezuela; Luis Marchand, do Peru; Sergio González Gálvez, do México; Osvaldo Rebagliati, da Argentina, Eduardo Vio Grossi, do Chile; Gerardo Trejos de Costa Rica; e Jonathan Fried, do Canadá.

O pedido ao Congresso foi feito por Gerald P. O'Driscoll, diretor de assuntos comerciais da fundaçao Heritage. Uma pesquisa recente indicou que a Heritage é o grupo de pressao mais influente no Congresso americano.

"Clinton está certo quando indica que a política dos Estados Unidos para a América Latina deve basear-se em um crescente comércio hemisférico", disse O'Driscoll. "Entretanto, os discursos nao sao suficientes. O executivo americano deveria deixar a atual inércia procurando que o Congresso o outorgue ainda este ano os poderes necessários para negociar o Alca".

O problema cardeal reside em que os sindicatos americanos desejam impor as mesmas normas que regem o mercado trabalhista dos Estados Unidos aos países que se beneficiem com o novo tratado comercial, assim como normas mais rígidas de proteçao ao meio ambiente.

O Chile insistiu que tanto as leis trabalhistas como as de meio ambiente sao competência de seu foro interno. As possibilidades de se tratar o tema este ano sao improváveis, dado que Clinton trata de cooptar as centrais sindicais para as eleiçoes de novembro, em que seu vice-presidente, Albert Gore, aspira à Casa Branca.

O'Driscoll disse que "América Latina está vivendo um renascimento econômico e, por falta de liderança, os Estados Unidos nao estao gozando dos benefícios do notável êxito econômico do hemisfério. A melhor maneira de participar nele é ampliar nosso comércio com a América Central e dar a Clinton os poderes necessários para negociar" pela via rápida a ampliaçao dos tratados comerciais.




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