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Brasil tem os preservativos de melhor qualidade
Andrea Catao Maziero Da Redaçao
08/11/2000 | 20:17
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O consumidor brasileiro tem a seu dispor os preservativos de melhor qualidade comercializados nos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), segundo pesquisa realizada pelo Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor) em parceria com órgaos similares da América do Sul. O instituto credita esse avanço ao sistema de fiscalizaçao e certificaçao obrigatória de qualidadedo governo federal.

Os testes comprovaram que dentre 17 marcas de camisinhas vendidas no país apenas uma nao é segura. A camisinha da Malásia, marca Prudence, teve vazamento acima do aceitável durante a realizaçao dos testes.

No Uruguai, oito das 18 marcas avaliadas apresentaram falhas. Na Argentina, os seis produtos avaliados foram considerados seguros, embora tenham problemas de embalagem e informaçao. Porém, os produtos argentinos (para exportaçao) adquiridos pelo Uruguai foram reprovados.

O coordenador técnico do Idec, Othon Abrahao, disse que a pesquisa revela que, nesta década, o mercado brasileiro evoluiu na questao da qualidade em preservativos. "Em 1991, o Idec fez seu primeiro teste com camisinhas. Na ocasiao, 50% dos produtos foram reprovados. Isso representa que obrigar as empresas a ter o certificado de qualidade é o melhor caminho para que o consumidor esteja seguro."

No entanto, ele alerta para alguns problemas que os preservativos vendidos no Brasil ainda apresentam. Um deles é a embalagem. Atualmente, nem todas as marcas têm embalagem metalizada, garantindo a durabilidade da borracha. Além disso, informaçoes, como condiçoes ideais de uso e o lubrificante adequado, também estao em falta.

O preço, segundo o coordenador do Idec, ainda nao é o ideal. O preservativo no país custa, em média, R$ 0,57, ou US$ 0,30. Na Bolívia, a camisinha é comercializada por US$ 0,22. MAS, no Uruguai e na Argentina, o preço do preservativo é mais caro: US$ 0,44 e US$ 0,46, respectivamente. "O preço pode ser reduzido, pois o governo paga R$ 0,07 a unidade para distribuiçao gratuita", afirmou.

Nos dias 20 e 22 deste mês, representantes de órgaos de defesa do consumidor de países se reúnem no Rio de Janeiro para estudar formas de obrigar os governos a implementares normas de qualidade. "Quando estiver consolidado o mercado livre na América do Sul, a qualidade do preservativo poderá diminuir, pois os outros nao aperfeiçoaram o sistema de fiscalizaçao e certificaçao obrigatória."




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