Os testes comprovaram que dentre 17 marcas de camisinhas vendidas no país apenas uma nao é segura. A camisinha da Malásia, marca Prudence, teve vazamento acima do aceitável durante a realizaçao dos testes.
No Uruguai, oito das 18 marcas avaliadas apresentaram falhas. Na Argentina, os seis produtos avaliados foram considerados seguros, embora tenham problemas de embalagem e informaçao. Porém, os produtos argentinos (para exportaçao) adquiridos pelo Uruguai foram reprovados.
O coordenador técnico do Idec, Othon Abrahao, disse que a pesquisa revela que, nesta década, o mercado brasileiro evoluiu na questao da qualidade em preservativos. "Em 1991, o Idec fez seu primeiro teste com camisinhas. Na ocasiao, 50% dos produtos foram reprovados. Isso representa que obrigar as empresas a ter o certificado de qualidade é o melhor caminho para que o consumidor esteja seguro."
No entanto, ele alerta para alguns problemas que os preservativos vendidos no Brasil ainda apresentam. Um deles é a embalagem. Atualmente, nem todas as marcas têm embalagem metalizada, garantindo a durabilidade da borracha. Além disso, informaçoes, como condiçoes ideais de uso e o lubrificante adequado, também estao em falta.
O preço, segundo o coordenador do Idec, ainda nao é o ideal. O preservativo no país custa, em média, R$ 0,57, ou US$ 0,30. Na Bolívia, a camisinha é comercializada por US$ 0,22. MAS, no Uruguai e na Argentina, o preço do preservativo é mais caro: US$ 0,44 e US$ 0,46, respectivamente. "O preço pode ser reduzido, pois o governo paga R$ 0,07 a unidade para distribuiçao gratuita", afirmou.
Nos dias 20 e 22 deste mês, representantes de órgaos de defesa do consumidor de países se reúnem no Rio de Janeiro para estudar formas de obrigar os governos a implementares normas de qualidade. "Quando estiver consolidado o mercado livre na América do Sul, a qualidade do preservativo poderá diminuir, pois os outros nao aperfeiçoaram o sistema de fiscalizaçao e certificaçao obrigatória."
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