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Em 1997, o promotor do Meio Ambiente, Júlio Sérgio Abbud, entendeu que o uso do sedém (aparelho que comprime a genitália do boi para fazê-lo pular, utilizado com freqüência neste tipo de evento) causa maus-tratos ao animal. Ele baseou a açao amparado por um relatório fornecido por entidades de proteçao aos animais.
A liminar de proibiçao foi entao concedida pelo juiz da 3ª Vara Cível do Fórum, Sérgio Noburu Sakagawa. Naquele mesmo ano, a Prefeitura conseguiu cassar a liminar e o rodeio pôde entao ser realizado. Em 1998, após novas brigas judiciais, a Prefeitura conseguiu garantir o rodeio ao utilizar um sedém feito com la e algodao. No entanto, no ano passado, o rodeio foi completamente impedido, nao podendo ocorrer mesmo sem a utilizaçao do aparelho.
O presidente da Comissao de Festejos da Prefeitura, Paulo Bottura, disse que as empresas que trabalham com este tipo de evento, ao tomarem conhecimento deste empecilho, dificilmente se interessam em entrar na licitaçao, caso esta seja aberta pela Prefeitura. "É difícil alguém querer investir numa festa quando sabem dos problemas que terao com a Justiça", afirmou.
Bottura disse ainda que nao é definitiva a suspensao, mas é quase certo que a festa nao aconteça. "Antes das eleiçoes nao será possível estudar uma forma de derrubar a decisao judicial. E, depois das eleiçoes, teremos pouco tempo para isso. Se a festa ocorrer, teria de ser, no máximo, até o fim de novembro", ressaltou.
O promotor Abbud disse que desta açao nao cabem mais recursos. "É desnecessário qualquer outro recurso, pois o rodeio nao poderá ocorrer em hipótese alguma. A festa em si poderá acontecer normalmente, o único impedimento é colocar os animais na arena", completou.
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