O segundo dia consecutivo de negociação entre a Bridgestone Firestone e o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região acabou sem nenhum acordo.

Segundo o presidente do sindicato, a minuta apresentada pela empresa tinha erros. "Eles queriam diferenciar trabalhadores administrativos de funcionários de chão de fábrica, por exemplo. Isso é inconstitucional", afirmou Terezinho Martins da Rocha.

A empresa e o sindicato negociam reduções de jornada e salário para adequar a produção da empresa e diminuir o estoque de pneus, que hoje soma cerca de 1 milhão de unidades em Santo André.

O sindicalista explicou que a proposta da empresa previa reduções diferenciadas para os grupos. "Eles querem reduzir 80 horas dos trabalhadores horistas (chão de fábrica) e 40 horas dos trabalhadores do setor administrativo", explicou Rocha. Outro ponto que incomodou o presidente foi a falta de garantia de estabilidade. "Precisamos rever isso", ressaltou.

Esta tarde haverá mais uma reunião. "Esperamos finalizar as negociações, afinal os trabalhadores estão ansiosos por um desfecho e nós também", disse. A Firestone declarou que também espera que o acordo seja concluído hoje e que a proposta seja positiva para os dois lados.

O sindicato insistiu na proposta do banco de horas, e Rocha acredita que possa haver um desfecho positivo. "Deste modo os trabalhadores não seriam prejudicados", finalizou.