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Empresa nega demissão de funcionários acidentados
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
14/08/2010 | 07:15
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A empresa química Theraskin (fabricante de produtos para cuidados com a pele e da saúde da mulher - de São Bernardo), acusada de demitir trabalhadores com estabilidade devido a afastamentos por causa de acidentes e doenças do trabalho, nega que isso tenha ocorrido.

As supostas demissões irregulares levaram o Sindicato dos Químicos do ABC a realizar assembleia na semana passada, seguida de protestos. Na ocasião, sindicalistas invadiram o pátio da fábrica.

Segundo o diretor do sindicato Antonio Odésio, ficou acordado que a empresa deveria procurar a entidade sindical até quinta-feira para solucionar o problema da demissão de uma trabalhadora, caso contrário, seriam tomadas outras ações e realizados mais protestos.

A reportagem do Diário tentou contato ontem com a entidade a fim de saber se a companhia cumpriu o prazo, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

OUTRO LADO
A empresa, no entanto, informa por meio de nota que não tem realizando demissões de funcionários com estabilidade.

"A manifestação se deu devido à reclamação de uma ex-colaboradora que alega ter se acidentado no trajeto para a sua casa, o que poderia ser caracterizado, em tese, como acidente de trabalho. Todavia, a empresa não aceita tal hipótese, por entender que não existiu tal espécie de acidente no itinerário", diz a nota.

Desta forma, ainda que a ex-colaboradora tenha feito a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho) em outro órgão que não é de conhecimento da TheraSkin, a companhia não reconhece o acidente de trabalho, para todos os fins e efeitos de direito. Porém, acrescenta que, obedecerá a toda e qualquer decisão judicial que vier a ser tomada.

Ainda segundo o comunicado, o sindicato pediu que a ex-colaboradora fosse reintegrada ao emprego, mas a empresa se opôs a tal situação e reitera que não se nega a cumprir o que for determinado pela Justiça do Trabalho caso a ex-colaboradora procure o órgão jurisdicional, o que não aconteceu até o momento.

Por fim, a empresa química afirma no comunicado que desconhece a existência de acordo - divulgado pelo sindicato - de solucionar a situação até quinta-feira (12).




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