Economia Titulo Taxa básica
Relação dívida/PIB piora mesmo sem alta da Selic
27/12/2015 | 10:15
Compartilhar notícia
Divulgação:


O aumento da taxa básica de juros no ano que vem está na maioria das análises dos economistas, mas não é unanimidade. Mesmo assim, não há dúvidas de que a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) vai atingir 70% no ano que vem.

"Em nossa estimativa, a relação dívida/PIB supera 70% em qualquer cenário (de Selic), e o faz em torno de meados do ano que vem", afirma o economista Homero Guizzo, da MCM Consultores, que trabalha com projeção de estabilidade da taxa básica ao longo de 2016. "Mas, sem dúvida, o aperto monetário adianta a ?ultrapassagem? desse patamar, ao aumentar diretamente o custo da dívida", diz Guizzo, que prevê impacto de R$ 14,8 bilhões sobre a dívida em caso de avanço da Selic em 1 ponto.

Na mesma linha da MCM, para Thiago Biscuola, economista da RC Consultores, caso haja um novo ciclo de alta da Selic o processo seria antecipado, segundo sua previsão, do final de 2016 (cenário sem alta de juro) para o início do 2.º semestre.

Flávio Serrano, economista do banco Haitong, acredita que uma alta da Selic no começo do ano não altera significativamente sua expectativa de prazo para que a dívida bruta/PIB alcance 70%, que é entre maio e junho. "No máximo, adiantaria um mês", disse. "O primeiro quadrimestre são os melhores meses de resultado primário, por isso (a marca de 70%) deve ficar mais para a metade do ano", afirmou.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;