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Despertar de Star Wars

Sétimo filme da popular saga geek reúne
a velha guarda com os novos personagens

Luís Felipe Soares
17/12/2015 | 07:00
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Divulgação


 Se Star Wars chega a ser uma espécie de culto entre os geeks, hoje é um dia de ressurreição. Milhões de fãs em todo o mundo já começaram sua devota ida para os cinemas (uma vez que já ocorreram sessões lotadas a partir da 0h01) para ver de perto o retorno da popular saga. É como se algum tipo de ‘salvador’ estivesse pronto para ser despertado após muita expectativa. Claro que a série nunca saiu dos holofotes, movimentando atrações recentes em áreas como quadrinhos, animações e games, mas o retorno às telonas serve para reafirmar sua posição de destaque na história da cultura pop. A estreia de Star Wars: O Despertar da Força, com cópias convencionais e em 3D, tem a missão de retomar elementos comuns a uma ‘velha guarda’ e de apresentar personagens que prometem mais aventuras em uma galáxia muito, muito distante.

A última vez que a história esteve nos cinemas foi em 2005, com Episódio III: A Vingança dos Sith, sobre o derradeiro surgimento do icônico vilão Darth Vader. Parte do desafio dado para o diretor J.J. Abrams (também responsável pelo reboot de Star Trek e um dos cineastas mais nerds da atualidade) é deixar de lado um conto em torno de um personagem tão importante para ir adiante, abraçando possibilidades completamente novas. Trata-se de uma liberdade um tanto quanto perigosa e, por isso, o novo pilar esteja sobre os também clássicos Luke Skywalker (Mark Hamill), Leia Organa (Carrie Fisher) e Han Solo (Harrison Ford), figuras que o público mais antigo nunca esqueceu e que a atual geração de fãs vai aprender a admirar.

A saída do sétimo capítulo da cinessérie é jogar aos poucos essas figuras do passado no meio do roteiro inédito. Rey (Daisy Ridley) vive em planeta recheado de areia na espera de um algum tipo de resgate. Já Finn (John Boyega) é um stormtrooper que questiona seu trabalho e acredita ter outro tipo de missão em sua vida. Os destinos dos jovens se cruzam em meio às batalhas entre a Primeira Ordem, com o objetivo de controlar a galáxia, e a Resistência, tentando evitar essa reviravolta. Abrams traz um conto com tensão, aventura, drama, momentos engraçados e segredos que mais ficam escondidos do que são revelados. Dica: ir ao cinema atrás de respostas completas sobre os próximos passos de todos em torno do clã Skywalker é perda de tempo. Destaque para o trabalho do diretor de unir de maneira mais equilibrada os efeitos visuais com cenas gravadas de maneira convencional.

Não há como negar que os espectadores de tempos anteriores vibrarão com a aparição de cada cara conhecida de Star Wars – incluindo os robôs C-3PO e R2-D2 –, mas o máximo da experiência é se deixar levar com o que de novo aparece na tela. A campanha contra spoilers soltos na internet deveria ser abraçada para garantir o impacto a ser tomado quando se está na sala. Talvez a grande sacada da história seja lidar com a questão da identidade, seja dos personagens (sobre quem são, quem devem ser ou poderiam ser) ou da própria franquia nos próximos anos. O Despertar da Força tenta costurar retalhos deixados para trás na década de 1980 com tecidos contemporâneos, o que incluem uma mulher e um rapaz negro como centro dos holofotes. Há muitos panos a serem revelados nesta nova trilogia, cujo segundo episódio está confirmado para 2017. A Força ainda tem muito a mostrar.




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