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Açúcar e leite têm maiores altas da cesta

Apesar de fortes aumentos, conjunto de itens de primeira necessidade subiu só 0,28%

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
11/12/2015 | 07:17
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Divulgação


O açúcar refinado e o leite longa vida registraram, em média, as maiores altas de preços nesta semana, em levantamento do custo da cesta básica realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) em supermercados do Grande ABC (dos sete municípios da região, só não são captados dados de estabelecimentos em Rio Grande da Serra).

Impactado pela valorização cambial, entre outros motivos, o derivado da cana-de-açúcar subiu 6,47%, passando a valer, em média, R$ 2,14 o saco de um quilo. “Desde 2011 que não atingia esse valor”, destacou o coordenador da pesquisa, Fabio Vezzá De Benedetto. Ele explicou que o produto é uma commodity (ou seja, produto básico com cotação internacional) e a moeda norte-americana valorizada favorece a exportação desse item. E, com a alta dos preços do etanol, os usineiros estão ampliando a produção de álcool.

No caso do leite, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, as fortes chuvas na região Sul e a seca na Bahia dificultaram a produção. Nos supermercados do Grande ABC, o litro do longa vida subiu, em média, 4,19%, e foi a R$ 2,24.

Além do leite e do açúcar, também houve impulso para cima da alface (3,88%) e da laranja. A fruta, encontrada em média agora por R$ 1,94 o quilo, tem menor oferta nesse período, já que o auge da safra é no outono. E em estações de calor, aumenta o consumo tanto de sucos quanto de saladas, explica De Benedetto. Isso explica, em parte, também a alta da alface, que chegou a R$ 2,14 a unidade.

ESTÁVEL - Apesar dessas altas, o custo do conjunto de itens da cesta básica na região ficou estável, com elevação de 0,28% (acréscimo de R$ 1,41), passando a R$ 506,84 – que é o valor médio do gasto mensal com 34 produtos, alimentícios, de higiene pessoal e limpeza doméstica. Isso porque houve também baixas de preços, como foi o caso da batata (-7,22%) e da cebola (-5,42%), que passaram a custar em média, respectivamente, R$ 4,24 e R$ 4,01 o quilo.
 




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