“Por que sinto essa tristeza profunda se é a necessidade quem manda?”, indagou Beethoven, em carta endereçada à sua “Amada Imortal”. O compositor alemão não quis expor o nome da destinatária. Uma declaração e tanto a uma desconhecida. “Já não te amo: ao contrário, detesto-te”, frisou Napoleão Bonaparte, em carta enviada a Josefina de Beauharnais. Ela não respondia às mensagens enviadas pelo imperador francês direto dos campos de batalhas. Mais do que isso, o traía. “Mas se eu pudesse pressionar contra o meu coração o seu, puro e delicado, guardaria em silêncio e não deixaria escapar nem uma só palavra”, declarou-se Karl Marx em carta para sua mulher, Jenny von Westphalen. O filósofo socialista britânico teve de driblar proibição familiar para casar-se com a viúva de um visconde. “Sinto saudades, John. Vinte e sete anos se passaram e ainda desejo poder voltar no tempo até aquele verão de 1980”, expressou Yoko Ono em carta para Lennon, em 2007, às vésperas do aniversário de 27 anos da morte do beatle – ontem fez 35 anos do assassinato do cantor. “Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir e pensar”, disparou Machado de Assis em carta para a companheira Carolina de Novais. “Adeus, menino querido, delícia de minha alma, alegria de meus olhos, filho que meu coração tinha adotado. Adeus para sempre”, escreveu Amélia de Leuchtenberg em carta de despedida a Dom Pedro II, ainda garoto. São palavras carregadas de sentimentos. Entraram para a história. “Sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim”, exaltou Michel Temer em carta a Dilma Rousseff. Entrará para a história política brasileira como uma mensagem de quem ama o poder para quem está no poder. Ou vai virar chacota, como a carta de ‘dona Lúcia’ para Felipão após os 7 a 1 que o Brasil tomou da Alemanha na Copa?

Atraso
O plano inicial da Prefeitura de Diadema era inaugurar ontem a reforma do campo do Vila Alice. Mas, como outras obras do governo Lauro Michels (PV), está atrasada. Depois de problemas no pagamento da empresa que colocou (e retirou por não receber) o gramado, agora são outras dificuldades. Ainda não colocaram as traves, o vestiário está inacabado, roubaram os chuveiros e a fiação, assim como parte das grades. Tá fácil?

Para reduzir emissões
O deputado estadual Orlando Morando participa da COP 21 (21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), em Paris. Ontem, o tucano esteve no Lançamento Internacional do Protocolo Climático do Estado de São Paulo, em que, como vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), assinou protocolo se comprometendo em reduzir 20% as emissões do setor. “Apenas ações governamentais não resolvem o problema ambiental e climático. A iniciativa privada tem a obrigação de participar e fazer a sua parte.”

Inacreditável
Rua Carlos Del Prete, Centro de São Bernardo. Uma via de duas mãos de direção e permitido estacionar de um lado apenas. No sentido que não é permitido, um desavisado deixa o veículo. Agentes de trânsito avistam a situação irregular. E não têm dúvidas: guincham o carro. Mas não foi só isso. Para avisar o proprietário do automóvel sobre o ocorrido, deixam um cavalete no local, com informações sobre o recolhimento ao pátio municipal. E o que acontece? Os carros que tinham de desviar do veículo estacionado, e invadir a pista contrária, continuam a fazer o mesmo com o cavalete, que atrapalha o fluxo. Como diria o diagramador deste Diário e desta coluna, Paulinho Nunes, “vou morrer e não vou ver tudo”.