Política Titulo São Bernardo
Urna desaparece e eleição do Sindserv vira caso de polícia

Candidatos à presidência irão à Justiça; essa é a 2ª vez que pleito gera problema interno

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/11/2015 | 07:12
Compartilhar notícia
Tiago Silva/Arquivo DGABC


Durante a apuração dos votos ontem para a escolha da nova direção do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo, uma urna desapareceu do prédio, sob número 22 – eram 25 no total. A situação, por volta das 7h da manhã, provocou confusão generalizada no local, improvisado em espaço do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Não houve decisão em ata sobre o caso. Acredita-se que a contagem ficou extraoficialmente suspensa a partir da verificação do sumiço. O episódio foi parar na polícia, com registro de Boletim de Ocorrência no 1º DP.

A disputa tinha clima tenso, desde quinta-feira, quando iniciou a votação. São dois candidatos no páreo: Giovani Chagas, nome que concorre à reeleição na chapa 1, com apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores), e Marcelo Gonçalves Siqueira, da oposição que lidera o grupo 2, funcionário público ligado à Secretaria de Educação. Seguranças evitavam entrada de público no local, acompanhado por fiscais e mesários. Com o ocorrido, a eleição foi paralisada. Representantes da ala oposicionista retiraram-se do espaço. Porém, mesmo sem assinatura para aval dos dois lados, existiu continuidade da contagem das cédulas.

Marcelo não foi localizado para comentar o episódio. Em sua página do Facebook, o candidato disse que mais uma vez “deram um golpe nos servidores públicos”. “Roubaram a urna 22.” Chagas, por sua vez, alegou que o caso foi estranho por se dar, segundo ele, em momento crucial, quando faltava a apuração de três urnas que “trariam a vitória para a chapa 1”. Para o nome da situação, tinham 136 votos na urna desaparecida, com sufrágios do Paço. “Na segunda-feira (amanhã), nós vamos tomar todas as medidas para valer o resultado das urnas”, disse, ao considerar números contabilizados após a saída dos fiscais. “Acabou 1.456 votos para nosso grupo contra 1.371 para a chapa 2. A urna 22 dificilmente mudaria o saldo final.”

Essa é a segunda vez em que o pleito da categoria gera problema interno. Em setembro, após disputa apertada, o bloco oposicionista venceu a concorrência por 51 votos de diferença. Contudo, Chagas questionou o resultado e pediu cancelamento ao alegar irregularidades na lista de votação. Diante do impasse, comissão marcou nova data de eleição. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;