Em assembleia ontem à tarde na porta da fábrica da Paranapanema, em Santo André, os trabalhadores dessa indústria de derivados de cobre rejeitaram proposta salarial da empresa, que ofereceu reajuste de 8,5% neste mês e de 1,5% em julho de 2016. Eles também aprovaram entrar em estado de greve e, caso a companhia não melhore sua oferta de aumento para seus 1.000 empregados nessa unidade fabril até sexta-feira, podem cruzar os braços a partir de segunda-feira.

Segundo o secretário administrativo financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Miguel Torres dos Santos, o Sapão, como não houve avanços na negociação com o Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores, Elétrico, Trefilação e Laminação de Metais no Estado de São Paulo), as conversas estão ocorrendo por empresa. A entidade dos trabalhadores espera índice de reposição da inflação (10,33%) de uma só vez, ou, em caso de parcelamento, pelo menos em data mais próxima. Também há negociação em andamento com a Novelis, Alcoa e a Prysmian.

A Paranapanema informa que, tendo em vista o cenário econômico, principalmente relacionado à baixa de vendas do mercado interno – foco principal da unidade de Utinga, em Santo André –, a oferta colocada “trata-se da proposta viável para a empresa”.