O corpo do prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, foi enterrado na tarde desta terça-feira, no Cemitério da Saudade, na cidade, após ser aplaudido por mais de dois minutos. O cortejo até o local do sepultamento foi acompanhado por milhares de populares, pela viúva Roseana, pela filha Mariana e por sua sucessora, Izalene Tiene.

Durante todo o dia, cerca de 100 mil pessoas — entre amigos, parentes, políticos e campinenses — passaram pelo Palácio dos Jequitibás, onde Toninho foi velado. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin; o ex-governador Orestes Quércia; o presidente do PSDB, José Anibal; e o secretário estadual de Segurança Publica, Marcos Vinício Petrelluzi, além de grande parte da cúpula petista, também compareceram à cerimônia.

Toninho foi assassinado na noite desta segunda, dentro de seu carro, a caminho de sua casa, no Jardim Proença. Um dos disparos atingiu o braço do prefeito e se dirigiu ao tórax, onde perfurou a veia aorta e saiu pelas costas.

A polícia acredita que ele tenha reagido a um assalto, mas não descarta a possibilidade do prefeito ter sido vítima de um atentado político. Ele estava sozinho no automóvel quando teria sido cercado por duas pessoas. Segundo o delegado Marcos Manfrim, do 4º DP da cidade, as investigações estão baseadas na hipótese de assassinato premeditado e assalto, embora aparentemente nada tenha sido levado de seu veículo.

O carro de Toninho, um Palio Weekend prata, placa CBJ 2113, foi encontrado em um terreno baldio próximo à Rua Projetada, acesso à Rodovia Pedro I, perto do shopping Iguatemi.

O prefeito, de 49 anos, foi eleito no ano passado e realizava uma administração muito popular na cidade. Vice-prefeito da cidade entre 1989 e 1993, na administração de Jacó Bittar, ele era casado com a psicóloga Roseana Garcia e tinha uma filha adolescente. Ele ainda era formado em Arquitetura e era professor universitário.