Empresas do setor de TI (Tecnologia da Informação) se mostram otimistas com a assinatura, anteontem, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva do decreto 6.945, que regulamenta a lei 11.774, reduzindo de 20% para 10% a alíquota do INSS sobre a folha de pagamento das companhias exportadoras.

"O Brasil é o oitavo mercado de TI no mundo e pode avançar mais com a redução da carga tributária. Atualmente, 70% do custo das empresas é com folha de pagamento", afirma o presidente da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), Antonio Carlos Rego Gil. Ele estima que, com o novo decreto, que entra em vigor a partir de setembro, o custo das folhas de pagamento caia entre 10% e 15%.

Segundo a Brasscom, além de beneficiar empresas que trabalham com informática, em todos os segmentos, a lei também abrange companhias de call center, que prestam serviços para o exterior.

A Micropower, de São Caetano, com 85 funcionários e que trabalha com exportação de software para países da América do Sul, estima que irá ampliar seu quadro de pessoal em cerca de 5%. "É extremamente positiva a medida, pois o governo está enxergando que deve desonerar a carga tributária do setor. Hoje, 60% do meu custo é com mão de obra e, com a nova lei provavelmente iremos contratar entre três e cinco novos funcionários, diz o presidente da empresa, Francisco Antonio Soeltl.

A Cyberlynxx, integradora de TI, que exporta serviços e tem 220 funcionários, estima que irá ampliar os negócios com México e Chile. "Acho que o governo fez sua parte e a medida servirá para aumentarmos as exportações", afirma o presidente da companhia, Marcelo Astrachan.