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Cinema em português
Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
06/01/2007 | 18:04
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Não cabe dizer que 2006 tenha terminado glorioso para o cinema brasileiro. Houve prejuízos imprevisíveis, como a queda de participação do filme nativo no total arrecadado pelas bilheterias do país – foram 12%, índice menor que os já modestos 13% de 2005. Outros, de qualidade, foram previsíveis, como os filmes de Xuxa e Didi que fecharam o ano. Portanto, que venha 2007, que promete sucessos de público e, talvez, de crítica.

Já este mês, precisamente dia 26, está prevista a estréia de A Grande Família – O Filme, longa de Maurício Farias inspirado na sitcom suburbana da TV Globo e escorado na hipótese de que parente também é serpente.

Fevereiro, mês de Carnaval e de ver aparecer nas telonas Antonia, o filme de Tata Amaral que fez caminho inverso ao d’A Grande Família: foi o longa que originou a série, também exibida pela Globo. E é mês de tentar reverter o trauma pós-Xuxa e arriscar com A Turma da Mônica – Uma Aventura no Tempo, novo desfile cinematográfico dos personagens de Maurício de Souza.

Talvez, de todos os meses deste primeiro semestre, março seja o que mais atenção mereça. É em 9 de março que deve estrear Os 12 Trabalhos, segundo longa de Ricardo Elias, o diretor do épico-de-câmara De Passagem, e que tem como protagonista um motoboy que encara na periferia paulistana uma saga hercúlea. Para 16 de março está previsto o lançamento de O Cheiro do Ralo, filme do mesmo Heitor Dhalia de Nina e que arrebatou um bom número de prêmios no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo. E, em 30 de março, as telonas devem receber O Magnata, dirigido por Johnny Araújo e decalcado de idéia original de Chorão. Quem? Sim, Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., numa jornada à Eminem brasileiro.

E se 2007 não termina em março, o cinema brasileiro também não acaba em Chorão. Devem desembocar nos cinemas ainda este ano Baixio das Bestas (maio), nova obra de Cláudio Assis, o diretor de Amarelo Manga; Polaróides Urbanas (maio), tentativa de Miguel Falabella de vingar como cineasta; Saneamento Básico (julho), reencontro do Jorge Furtado de O Homem que Copiava com a câmera; Chega de Saudade (agosto), obra de Laís Bodansky seguinte a O Bicho de Sete Cabeças; e Cidade dos Homens (agosto), o longa de Paulo Morelli derivado da série derivada, por sua vez, do filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles.




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