O julgamento de Anderson Gonçalves dos Santos, o 'Lorde', e Sheila Messias Nogueira, acusados de participação no ataque a um ônibus no Rio de Janeiro que resultou na morte de cinco pessoas em novembro de 2005, teve início nesta segunda-feira e já dura mais de sete horas.

Os advogados de defesa de Anderson tentaram adiar o julgamento, mas a Justiça negou os pedido de hábeas corpus. O réu pode pegar até 350 anos pela morte de cinco vítimas e tentativa de homicídio de mais cinco pessoas.

Lorde é acusado de ter planejado o crime. Já Sheila teria sinalizado para que o veículo parasse e não teria permitindo que os passageiros saíssem do ônibus. O réu Cristiano Dutra Medeiros será julgado em outra data, já que recorreu da decisão.

O primeiro acusado julgado pelo ataque foi condenado a 309 anos e cinco meses de prisão, em regime fechado. A sentença saiu na madrugada da última quarta-feira.

Presidente da Associação de Moradores do Morro da Fé, Alberto Maia da Silva, 43 anos, foi acusado de comprar a gasolina usada para atear fogo ao veículo. Ele foi condenado por unanimidade pelos sete jurados e a pena corresponde a cinco homicídios triplamente qualificados e 16 tentativas de homicídio. Cabe recurso da decisão.

O crime, segundo o Ministério Público, teria sido uma represália do traficante Anderson à ação policial que culminou na morte de outro comparsa, o 'Ciborgue', integrante da quadrilha.