Durante o evento, foi definida uma lista com 54 pré-candidatos a vereador, já considerando a possível aprovação no Senado da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que aumentaria o número de vagas no Legislativo local para 27. Caso isso não ocorra, e permaneçam 21 cadeiras na Câmara, o PV já possui uma lista de corte para baixar o número de pré-candidatos para 42. Nesse grupo, o Prona terá apenas um nome.

O inusitado dessa coligação é que os dois partidos possuem orientações ideológicas, no mínimo, divergentes. Enquanto o PV carrega a bandeira ecológica, o líder nacional do Prona, Enéas Carneiro, chegou a defender a bomba atômica. “Foi uma união elegante, do ponto de vista ideológico. Trata-se de uma coligação programática: prevalece o nosso programa político”, afirmou Vera Motta, presidente do PV em São Bernardo. Mas Maria Alice Bergamo, presidente local do Prona, rebateu: “Se nosso candidato a vereador vencer, seguirá o nosso estatuto. Ela (Vera) tem de falar pelos candidatos dela.”

A presidente do PV, por sua vez, encontrou uma justificativa pacificadora para a aliança. “A Maria Alice já foi do Partido Humanista, possui uma identidade histórica com a gente”, disse Vera. De acordo com a presidente do Prona, a coligação foi articulada pelo deputado estadual Giba Marson (PV). “É uma união muito interessante para eles na chapa proporcional, pois o Prona só tem um candidato a vereador”, comentou Maria Alice.

No final da pré-convenção, o PV fez uma homenagem ao músico Itamar Assumpção, que faleceu em 12 de junho do ano passado e foi enterrado em São Bernardo. O slogan do PV, Por que não pensei nisso antes?, foi tirado de uma composição do músico, Ecólogo Ambulante.