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Por que dizem que menina não pode fazer o mesmo que menino?
Bruna Gonçalves
Especial para o Diário
08/03/2009 | 12:30
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Marina Brandão/DGABC


Do início da humanidade ao último século, o sexo feminino foi considerado inferior ao masculino. É uma questão cultural. Durante muito tempo, as sociedades valorizaram o homem. Acredita-se que uma das primeiras referências esteja na Bíblia, quando diz que Eva foi criada para fazer companhia a Adão.

O homem sempre foi visto como forte e corajoso, por isso era o responsável pela busca de alimento e o sustento da família. A mulher, considerada sensível e frágil, tinha como função cuidar da casa e dos filhos. Isso acontece pelas diferenças físicas e, principalmente, porque a sociedade estabeleceu essa norma de conduta, dividindo as tarefas entre eles. A mudança ocorreu aos poucos.

No século 19, a Revolução Industrial abriu espaço para elas nas fábricas. O Dia da Mulher, comemorado em 8 de março, lembra a luta pela igualdade de direitos, iniciada por 129 operárias que morreram queimadas, quando reivindicavam melhores condições de trabalho em 1857, nos Estados Unidos.

No século seguinte surgiu o movimento feminista na Europa e Estados Unidos, que se acentuou entre 1960 e 1970, sob a influência da escritora francesa Simone Beauvoir. Por meio de passeatas e reivindicações elas lutavam pela igualdade de direitos e espaço na sociedade. No Brasil, essa luta foi encabeçada pela também escritora Nísia Floresta.

PODER MASCULINO - Muita coisa mudou nas últimas décadas. Em 1945 a Organização das Nações Unidas aprovou a igualdade de direitos, e em 1951 a Organização Internacional do Trabalho estabeleceu a igualdade nos salários. Entretanto, a mulher ainda é vítima da violência masculina (no Brasil, há lei que a protege e delegacias especiais para que ela possa fazer denúncias), e o poder continua centralizado no homem.

Dos 192 países, poucos são dirigidos por elas, como a Alemanha que é comandada pela chanceler Angela Merkel, o Chile por Michelle Bachelet e a Argentina por Cristina Kirchner.

Consultoria da antropóloga Mariza Werneck da PUC

Datas importantes

1893 - Nova Zelândia é o primeiro a permitir o voto feminino

1932 - O Brasil concede o direito de a mulher votar nas eleições

1900 - Primeira participação feminina em uma Olimpíada, em Paris




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