Umas das principais bandeiras do presidente da Câmara de Diadema, Laércio Soares (PCdoB), a Ouvidoria do Legislativo não agradou grande parte da bancada governista. Tanto que a segunda discussão do projeto de criação do setor foi adiada por 15 dias.

O texto foi referendado em primeira votação na última sessão antes do recesso, quando outros itens polêmicos permeavam a pauta de trabalhos parlamentares, como a fusão da Saned com a Sabesp. Na ocasião, os vereadores acordaram em aprovar a propositura, mas com garantias de rediscussão do projeto assim que as férias chegassem ao fim.

Dentre os questionamentos de vereadores governistas estão aptidões do novo ouvidor e processo de contratação do funcionário. "Eu não quero que esse ouvidor seja comissionado. Prefiro que seja concursado para ocupar o cargo ou então que pincemos algum concursado do nosso quadro de servidores", disse Célio Lucas de Almeida, o Célio Boi (PSB).

Irene dos Santos (PT) alegou falta de discussões para aprovação do projeto. "Como naquele dia a sessão tinha a votação da Saned, optamos por deixar passar. Mas como no recesso muitos vereadores não se reuniram para discutir esse projeto, achamos melhor adiar para entender melhor."

Para Laércio, os debates são naturais e não há problema em postergar a votação da criação da Ouvidoria. "Durante a reunião (realizada ontem pela manhã), alguns vereadores propuseram emendas e eu também quero adicionar emendas. Adiamos por 15 dias para afinar e tirar todas as dúvidas. É uma preocupação válida dos vereadores."