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Coréia do Norte testa armas químicas em presos, diz fugitivo
Da AFP
01/02/2004 | 17:53
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Um fugitivo do regime de Pyongyang denunciou, numa reportagem divulgada pela rede tv britânica BBC, que a Coréia do Norte costuma testar armas químicas em presos políticos.

"Os presos eram como porcos ou cachorros. Poderiam ser mortos, sua vida ou morte não tinha nenhum interesse", declarou Kwon Hyok, ex-comandante do campo 22, no programa This World (Este mundo) da BBC.

Segundo a testemunha, a Coréia do Norte também faz testes de armas químicas utilizando presos políticos em câmaras de gás. A BBC assegura que conseguiu essas informações de um militante sul-coreano dos direitos humanos que teve acesso a uma carta de translado do campo, que levava o selo ‘top secret’, datada de fevereiro de 2002.

"A pessoa acima mencionada é transferida do campo 22 para ser submetida a uma experiência humana com gás líquido destinado a armamento químico", diz a carta. Kwon Hyok fugiu da Coréia do Sul em 1999 quando foi enviado a Pequim, como agente secreto norte-coreano. Seis anos antes, era responsável pelo campo 22 na região isolada de Haengyong, na fronteira com Rússia.

"Na Coréia do Norte, os presos políticos são os que dizem ou fazem algo contra o falecido presidente Kim Il-Sung, ou contra seu filho Kim Jong-il", explicou. De acordo com Hyok, neste tipo de campo, onde estão detidas famílias inteiras, a tortura é cotidiana.




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