A cesta básica medida pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) chegou ao seu maior preço do ano, ficando em R$ 503,63.

O conjunto de 34 itens, que é avaliado em 17 supermercados do Grande ABC, quando comparado com os valores praticados no fim de outubro – última vez em que a pesquisa foi feita – está 3,15% mais caro, quando era vendido por R$ 488,26.

De acordo com o engenheiro agrônomo e responsável pela pesquisa da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, a diferença de R$ 15,37 é muito alta. “Mesmo sendo uma comparação feita num intervalo de duas semanas, o custo ficou muito superior ao esperado.”

O principal setor responsável por puxar da cesta foi o dos alimentos hortifrutigranjeiros, que subiu 16,04%. “Nesta semana não costuma ter promoções, já que é a que vem logo depois do quinto dia útil”, afirma De Benedetto.

A batata foi a grande vilã, com alta de 50,34%. No fim de outubro, o quilo do produto podia ser encontrado por R$ 2,88. Já nesta semana, o preço médio na região é de R$ 4,33. Para o engenheiro agrônomo, o período de chuva das últimas semanas prejudicou a colheita e influenciou no preço. “A estiagem, que continua, e o preço da gasolina, que subiu, influenciam diretamente nos valores dos hortifrúti”, completa.

Como reflexo desse cenário, o tomate subiu 41,54%, e está custando R$ 5,52 o quilo. A cebola também aumentou, 29,09%, e está valendo R$ 3,55. Para o especialista da Craisa, este foi o pior ano para o vegetal. “Em 2014, o preço não ultrapassou R$ 3. Isso se deve às importações do alimento, que tiveram que ser feitas ao longo do ano (da Holanda e da Argentina)”, explica.

Por outro lado, o maço da alface (R$ 1,82) e o quilo da laranja (R$ 1,92) foram os alimentos que mais baratearam na comparação com a ultima semana de outubro.