Economia Titulo Petroleiros
Mais um dia sem acordo com a Petrobras e greve continua
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
11/11/2015 | 07:14
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Ontem foi mais um dia de negociações entre representantes da Petrobras e da FUP (Federação Única dos Petroleiros), no Rio de Janeiro, que não avançou. O motivo que emperrou a solução para o fim da greve, que já dura dez dias, não foi revelado.

Segundo o diretor do Sindipetro (Sindicato Unificado dos Petroleiros no Estado de São Paulo) no Grande ABC, Auzélio Alves, a paralisação continua e o trabalho de convencimento dos trabalhadores, para ampliar a adesão ao movimento, será continuado.

Quanto à possibilidade de faltar combustível, levantada por profissionais que atuam na Recap (Refinaria de Capuava), em Mauá, Alves afirma que não há o risco, assim como o de gás, o que poderia prejudicar o abastecimento de botijões usados na cozinha. Funcionários que contataram o Diário disseram que ontem, de fato, o fornecimento foi retomado, mas de forma racionada. “Estamos processando, mas em menor quantidade. Isso pode ser um sinal de que a greve está chegando ao fim”, desabafa um deles.

A tendência, segundo Alves, é que hoje uma unidade que estava parada volte a ser operada pela equipe de contingência da Recap, composta por cerca de 30 pessoas – muitas delas estão dormindo na própria refinaria, enquanto é feito rodízio a cada 12 horas. “Se voltar em sua plenitude, teremos mais combustível, mesmo em meio à paralisação”, garante.

Na Recap, a greve começou dia 1º, com a adesão dos 420 empregados diretos. Uma semana depois, os 900 terceirizados também adotaram o movimento. Em São Caetano, onde há um terminal da Petrobras, a paralisação começou no dia 5, após conflitos que demandaram a presença da Polícia Militar no local. Os cerca de 320 funcionários (140 diretos e 180 indiretos) estão com os braços cruzados. O pleito é por retomada de investimentos, contratações e desistência da venda de ativos da Petrobras. 




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