O procurador-geral pediu ao STM o inquérito porque precisa do laudo cadavérico do sargento Guilherme Pereira do Rosário, passageiro do Puma em que se encontrava a bomba, entre outros documentos, para fundamentar a solicitaçao que fará ao comandante do Exército, Gleuber Vieira, para reabertura do caso Riocentro.
Depois de ler várias vezes o IPM, que conseguiu temporariamente emprestado, e de tomar depoimentos de 11 militares, Coelho concluiu que nao é correta a versao oficial de que algum grupo radical de esquerda ou da direita teria colocado a bomba no carro ocupado por dois militares, dada pelo encarregado do inquérito, Job de Lorena Sant'Anna.
O procurador acredita que o capitao Wilson Luiz Chaves Machado, piloto do Puma e sobrevivente, e o sargento Rosário eram os verdadeiros portadores da bomba. "Eles levavam a bomba", afirmou o procurador, semana passada, ao anunciar a decisao de pedir a reabertura do caso.
Coelho teve acesso a um estudo criminalístico que diz que a bomba estava no colo da vítima. Se o STM decidir quarta-feira entregar o IPM arquivado, Coêlho pedirá ao comandante do Exército a instauraçao de um novo inquérito, ainda esta semana. Um oficial, provavelmente um general, deverá ser nomeado para comandar o novo IPM e disporá de 40 dias para reavaliar o caso, fazer novas diligências e tomar outros depoimentos. Esse prazo, de acordo com o que adianta Coêlho, pode ser prorrogável por mais 20 dias. O comandante do Exército é quem escolhe o encarregado do novo IPM.
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